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Largaram posto para matar

Ministério Público tenta evitar que PMs assassinos deixem a prisão

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou e pediu a prisão preventiva de dois policiais militares por um duplo homicídio qualificado e uma dupla tentativa de homicídio qualificado ocorridos em um bar em Fazenda Inglesa, em Petrópolis, na Região Serrana, em março. Segundo a promotoria de Justiça de Investigação Penal da cidade, os PMs, do 22º BPM (Maré), abandonaram o posto em que trabalham, na Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), em Bonsucesso, viajaram e atacaram as vítimas a tiros. Outros dois foram baleados e sobreviveram.

Os militares foram presos em 19 de outubro. Em prisão temporária, que pode durar, no máximo, até dois meses, eles podem ser liberados amanhã. Se a Justiça acatar o pedido do MPRJ, eles ficarão sem prazo para deixar a prisão.

Segundo a denúncia, no dia 2 de março, entre 22h e 23h30, os policiais Leonardo Fontes Neves e Max Rodrigues da Silva invadiram o bar em que estavam as quatro vítimas e atiraram contra elas. Maicon Lucas Vieira de Santa Rosa e Bruno dos Santos morreram.

As investigações apontam para a participação de pelo menos outro suspeito, ainda não identificado, que estaria na direção do carro de Leonardo para ajudar na fuga.

A participação da dupla no crime foi comprovada em imagens das câmeras de vídeo do bar e dos pedágios da BR-040, via de ligação entre Rio e Petrópolis; pelos laudos das pistolas de ambos e por interceptações telefônicas.

O MPRJ informou que Leonardo possui diversas anotações criminais, entre elas uma por tentativa de homicídio em 2015. Leonardo e Max podem pegar de seis a 20 anos de prisão.