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Documentos e dinheiro em espécie da quadrilha foram aprendidos
Documentos e dinheiro em espécie da quadrilha foram aprendidos -

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro deflagraram, ontem, a Operação Primogênita para combater fraudes no processo de exploração de cantinas dos presídios do Rio.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em oito endereços ligados a uma quadrilha formada por servidores da Segurança e seus familiares. Um agente penitenciário e um PM, irmãos, filhos de uma mulher que tinha permissão para explorar cantinas, serão afastados de suas funções, segundo os promotores. A mulher seria uma das 'laranjas' dos criminosos e seus filhos seriam os chefes do bando.

Durante a operação foram apreendidos veículos, documentos, telefones celulares, computadores e dinheiro em espécie. As cantinas de três unidades prisionais que seriam exploradas pela quadrilha foram fechadas na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica; no Instituto Penal Francisco Spargoli Rocha, em Niterói; e no presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão.

A investigação conjunta começou em setembro, a partir de sindicâncias em andamento na Seap envolvendo cantinas. O MP-RJ investigava denúncias sobre o mesmo assunto. A Corregedoria da Seap apurou que a mulher que venceu processo para exploração das cantinas nos três presídios era a mesma.

Segundo a Seap, um novo edital de licitação para exploração das cantinas nas unidades prisionais será publicado em breve. O Secretário de Administração Penitenciária, David Anthony, disse que o "trabalho conjunto com o Ministério Público é o primeiro de vários outros que ainda ocorrerão ao longo do próximo ano".

Participaram da operação agentes penitenciários, policiais da Coordenadoria de Segurança de Inteligência do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar.