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Quadros da Segurança Pública são suspeitos

Servidores excluídos e da ativa teriam sido contratados para executar o crime

A equipe que investiga a morte de Marielle Franco ganhará reforço de dois delegados e cinco investigadores
A equipe que investiga a morte de Marielle Franco ganhará reforço de dois delegados e cinco investigadores -

A Polícia Civil já tem provas de que os assassinos da ex-vereadora do Psol Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Pedro Gomes, fazem parte dos quadros da Secretaria de Segurança Pública do Rio. Ocorrido em 14 de março de 2018, o crime teria sido cometido por agentes excluídos da pasta e por pessoal da ativa. Segundo fontes do governo estadual, os criminosos fazem parte do grupo conhecido como "Escritório do crime" e foram contratados via "Deep Web", zona da internet onde o usuário tem mais facilidade para manter o anonimato e, assim, cometer crimes. Os investigadores apelidaram esse espaço de "Deep Web do crime".

A Delegacia de Homicídios (DH) da Barra da Tijuca já colheu dezenas de depoimentos, inclusive de alguns policiais militares que deram detalhes sobre a atuação do grupo envolvido. O principal testemunho foi de um oficial da PM.

Já é possível garantir, segundo as investigações, que havia três homens no carro Cobalt prata clonado, usado pelos assassinos no dia do crime: o motorista, um carona e outro homem no banco de trás, que efetuou os disparos contra Marielle e Anderson. Um dos suspeitos de ser o mandante do duplo homicídio é o vereador Marcello Siciliano (PHS). Ele já prestou depoimento três vezes e, em todas as ocasiões, negou qualquer envolvimento. Ele continua sendo investigado. Marielle e Anderson foram assassinados no cruzamento das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, no Estácio.