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Promotor acusa traficante de matar, esquartejar e jogar corpo de morador na Baía de Guanabara

Fernandinho Guarabu, que está foragido há 13 anos, teve o 11º mandado de prisão expedido pela Justiça

Por Rafael Nascimento

Publicado em 29/01/2019 03:00:00 Atualizado em 29/01/2019 08:48:58
Guarabu ordenou a morte de Rafael Carneiro (detalhe), cujo corpo foi jogado na Baía de Guanabara

Foragido há 13 anos, Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, de 39 anos, apontado como chefão do tráfico de drogas da Ilha do Governador, teve o 11º mandado de prisão expedido pela Justiça, desta vez, pelo assassinato de Rafael Carneiro da Silva Neto, em abril de 2013, morador do Morro do Dendê. Ele foi morto porque teria agredido e estuprado, na favela, uma jovem com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. O corpo foi jogado na Baía de Guanabara, local que, segundo o promotor do Ministério Público Estadual Sauvei Lai, é o "cemitério de Guarabu".

"O Guarabu e o Gil (comparsa) têm um cemitério clandestino marítimo à disposição. Isso dificulta o início de uma investigação", declarou o promotor da 30ª Promotoria de Investigação Penal (PIP). Gil é o traficante Gilberto Coelho de Oliveira, cuja prisão também foi decretada.

Rafael, com 35 anos, foi capturado em casa e julgado no 'tribunal do tráfico'. Ele passou um dia inteiro amarrado a um poste sendo torturado. Foi morto à noite e teve o corpo esquartejado antes de ser jogado nas águas da Baía. "O Rafael foi humilhado publicamente por horas antes de ser assassinado", disse Lai. O inquérito foi encerrado em novembro de 2018 pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A polícia aguarda os resultados de exames de DNA em partes de corpos achados na Baía.