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Baleado na cabeça, cantor da Grande Rio está fora de perigo

Segundo a assessoria da agremiação, ele está lúcido, se comunicando e não teve nenhum comprometimento neurológico

Ruan Paiva é intérprete da Grande Rio
Ruan Paiva é intérprete da Grande Rio -

O intérprete da Grande Rio Ruan Paiva, 21 anos, está fora de perigo. O cantor deu entrada no Hospital Adão Pereira Nunes, nesta terça-feira, após ter sido baleado na cabeça durante uma tentativa de assalto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a assessoria da agremiação, ele está lúcido, se comunica e não teve nenhum comprometimento neurológico.

Ruan foi socorrido pela mãe. Os dois estavam de carro no bairro Pantanal a caminho do Centro de Duque de Caxias quando cinco homens anunciaram o assalto. Eles saíram do veículo com as mãos para cima, mas o jovem intérprete foi baleado na cabeça. "Como ele é grande, acho que ficaram com medo e atiraram", conta Mônica Santos, de 40 anos, que colocou o filho no carro e dirigiu até a UPA Sarapuí, no município da Baixada Fluminense.

"A minha reação foi de gritar, gritar, gritar. Pegar meu filho do chão, botar no carro e dirigir", conta Mônica. Ruan, durante o trajeto, a dizia para manter a calma e dirigir. 

Apaixonado por Carnaval, Ruan integrava o carro de som da Grande Rio. "Acabaram com o sonho do meu filho. Ele faz aniversário no dia do desfile", lamenta a mãe.

Por causa do crime que vitimou o jovem, o ensaio da Grande Rio foi cancelado na terça-feira. "Ontem seria o último ensaio de quadra, infelizmente aconteceu isso. Creio que vai ser difícil o Ruan participar do desfile. Precisa se recuperar", diz o irmão, Rodrigo Paiva.

Rodrigo estava na auto-escola quando soube que o irmão foi baleado. Ao chegar na UPA, conseguiu falar com o irmão, que embarcava na ambulância rumo ao Adão Pereira Nunes. "Irmão, to contigo", disse. "Estou tranquilo, está tudo bem", respondeu Ruan. 

Foi a última vez que os dois se falaram. Rodrigo pretende ir ao hospital nesta tarde, quando a visitação é permitida. "Eu tô triste pra caramba, indignado. Meu irmão não tem nada a ver com nada. É um moleque tranquilo, puro, verdadeiro, sorridente, alegre. Desde criança adora o samba", lamenta.

Abalada, Mônica pede mais policiamento em seu bairro, Pantanal, que, segundo ela, está "entregue às baratas". "O intérprete Evandro Malandro (da Grande Rio) foi à minha casa ontem e disse que houve outro assalto no local, depois do que passamos", conta.

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Ruan Paiva Arquivo pessoal
Ruan Paiva Arquivo pessoal