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Pezão e homens do esquema de Cabral recebiam R$ 150 mil por mês, segundo operador

Dinheiro vinha de esquema de lavagem com notas frias. "Começou com R$ 50 mil, mas depois o valor passou para R$ 150 mil", afirmou Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão

Ex-governador Luiz Fernando Pezão após ser preso pela Polícia Federal na operação Boca de Lobo
Ex-governador Luiz Fernando Pezão após ser preso pela Polícia Federal na operação Boca de Lobo -

Só do esquema de lavagem de dinheiro com notas frias, o ex-governador Luiz Fernando Pezão, o ex-chefe da Casa Civil Regis Fichtner e o ex-secretário de Governo Wilson Carlos receberam até R$ 150 mil por mês. Foi o que revelou Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, um dos operadores do esquema do ex-governador Sergio Cabral, em depoimento ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas. "Começou com R$ 50 mil, mas depois o valor passou para R$ 150 mil", afirmou. O depoimento de Oliveira a Bretas terminou há pouco.

Serjão também levava dinheiro para pagar Claudio Lopes, ex-procurador-geral de Justiça. "Levava o dinheiro para o Wilson Carlos. Primeiro os pagamentos eram no Palácio Guanabara, depois no Laranjeiras porque o Claudio Lopes tinha muito medo", contou. Ele também declarou que também era o responsável por pagar deputados estaduais, como Chiquinho da Mangueira.

O esquema de notas frias é com concessionárias de veículos, cervejaria e até supermercado. Serjão citou ainda que o ex-presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, também aderiu ao esquema de notas frias. Serjão confessou que o maior pagamento que recebeu foi de R$ 500 mil em um iate, na Urca.