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Alunos de colégios militares são proibidos de participar de Olimpíada de História

O Departamento de Educação e Cultura do Exército atribuiu a decisão ao fato de a o evento 'não atender ao interesse da proposta pedagógica do Sistema Colégio Militar'

Fachada do Colégio Militar da Tijuca, na Zona Norte do Rio
Fachada do Colégio Militar da Tijuca, na Zona Norte do Rio -
Os 14 mil alunos do Sistema Colégio Militar foram proibidos de participar da 11.ª Olimpíada Nacional de História do Brasil. O Departamento de Educação e Cultura do Exército atribuiu a decisão ao fato de a o evento "não atender ao interesse da proposta pedagógica do Sistema Colégio Militar". Representantes tiveram acesso ao conteúdo de algumas questões e consideraram inadequado para seus alunos.
 
 
 
 
 
 
A reportagem tentou contato com a organização da olimpíada, mas não obteve resposta. A competição é coordenada pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico. São várias etapas de prova, até a disputa final, programada para o segundo semestre, em Campinas.
 
 
 
 
 
 
O Estado de S. Paulo apurou que, entre os pontos que desagradaram militares estava o uso de palavrões em textos das questões. A proibição provocou indignação de estudantes. Eles ressaltaram que a medida destoa da conduta adotada nos colégios do sistema, que sempre foi o de incentivo à participação nesse tipo de competição.
 
 
 
 
 
 
Alunos atribuem a proibição à tentativa do departamento de evitarem que alunos do sistema tenham contato com questões que façam alusão ao período da Ditadura Militar. Professores foram encarregados de transmitir o comunicado da proibição para os alunos. Não foi informada qual a punição para aqueles que desrespeitarem a proibição e participarem das etapas de seleção.
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Fachada do Colégio Militar da Tijuca, na Zona Norte do Rio Reprodução