Nos corredores da Estação Central do Brasil, bastaram cinco minutos para a operadora de telemarketing Joyce Cipriano, de 21 anos, parar o fluxo de passageiros. Com sutiã tamanho 56 e manequim 48, formou-se uma fila para pedidos de selfies ao lado da exuberante. Há quase um ano, a rotina da carioca, moradora do bairro do Catumbi, se transformou.
Por conta da semelhança com a cantora Jojo Toddynho, ela passou a fazer presenças VIPs, parcerias com lojas e a dar entrevistas. "No meu caso, é uma grande brincadeira. Ser sósia da Jojo sempre vai fazer parte de mim, somos tão parecidas que eu mesma me impressiono", conta Joyce.
Há sete anos, o paulista Gabriel Lucas, de 22, trabalha como sósia do jogador Neymar. A empreitada já lhe rendeu mais de 30 campanhas publicitárias, como para a maior companhia aérea do país, e viagens de trabalho para China e Rússia. "Começou com meus amigos e familiares me chamando de Neymar. Passei a seguir os cortes de cabelo, roupas, jeito de andar e até o estilo de falar", diz ele. Assim como o Camisa 10 do Paris Saint-Germain, Gabriel mudou a aparência mais de 20 vezes. Também fez tatuagens nos mesmos locais do atacante, só com desenhos diferentes. O rapaz cobra cachês a partir de R$ 1.500.
A modelo Wanessa Cruz, de 26 anos, por sua vez, não gosta de ser chamada de sósia. As comparações com a atriz Penélope Cruz, entretanto, bombaram sua carreira. "Não quero pegar carona na fama dela. Somos pessoas diferentes. Porém, sempre me contratam como sósia. Com a semelhança, aumentou o número de contratos e publicidades", admite.
Sósia e fã do Rei
O Rei Roberto Carlos arranca gritos e lágrimas por onde passa. E nos shows do sósia carioca Carlos Evanney não é diferente. "Tem disputa para pegar a rosa, as pessoas se emocionam", afirma Evanney, que começou as performances de imitação há 19 anos. O sósia conta que chamou a filha de Roberta Carla e diz guardar um pedaço de bolo que o cantor lhe entregou há 14 anos. "Ser sósia significa tudo na minha vida", admite.