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Advogado de filho de Flordelis afirma que arma pode ter sido plantada na casa por policiais

Maurício Eduardo Mayr, que representa Flavio dos Santos, um dos filhos da deputada federal Flordelis que está preso, afirma que pistola só foi encontrada na segunda busca na casa e que ninguém da família acompanhou os agentes

Flávio, filho de Flordelis, está preso suspeito da morte do pastor Anderson do Carmo
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O advogado Maurício Eduardo Mayr, que representa Flavio dos Santos, um dos filhos da deputada federal Flordelis — que está preso — afirmou que a arma encontrada pela Polícia Civil, na casa da parlamentar, uma Bersa 9mm, pode ter sido plantada pelos policiais. O defensor também colocou em xeque a investigação e a confissão do cliente. Mauricio chegou a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) por volta de 13h30 para ver o cliente.

"Essa questão da arma está sendo apurada de como chegou ao local. A polícia fez duas buscas e apreensões, antes no local, e não encontraram arma. Os policias são pessoas muito investigativas e perspicaz e teriam achado essa arma num primeiro momento. Não acharam o celular, mas acharam a arma dois dias depois. Pode ter sido plantada? Pode. Podia estar lá e eles não terem achado? Podia. Mas, a busca e apreensão não foi acompanhada por ninguém da família. O que eu ouvi dos irmãos do Flávio é que eles esvaziaram a casa e ninguém da família acompanhou", disse o Maurício.

O defensor disse que não teve acesso ao inquérito até hoje e disse que seu cliente está em condições insalubres. "Falei com o Fabio e ele está debilitado, mal alimentado, não tem banho de sol. Isso não cabe dizer se ele é inocente ou não. Só queremos que ele seja transferido, pois ele não está sendo bem tratado. Os cachorros da delegacia estão mais bem tratados com o meu cliente", completou.

Ainda de acordo com Maurício, nesta terça-feira, a Polícia Civil fez nova busca na casa de Flordelis, enquanto ela concedia entrevista coletiva. "Ontem, fizeram buscas e apreensões na casa dela para recolher celulares e outros objetos", disse. "No momento que os filhos prestavam depoimento (na última segunda), um filho entregou o celular. Não sabemos se essa ida ao carro foi munido de mandado ou não. Rechaçamos isso”. Por fim, Maurício disse que "pela ausência da defesa não houve confissão" e que vai recorrer à Justiça caso seu cliente não seria transferido o mais rápido possível.