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Passageiras viram motoristas

O Femi começou com uma postagem em grupo de Facebook de moradores da Ilha, informando números para contato e a restrição de transportar apenas mulheres e crianças. "No primeiro dia eu já tinha três grupos no WhatsApp, todos lotados", conta.

No mesmo dia, a empresa ganhou quatro motoristas e Marcela não tardou a ser procurada por mulheres que queriam participar. "Algumas passageiras agora trabalham comigo", conta. O lucro varia. Marcela conta que uma motorista chegou a tirar R$ 700 em um dia, mas que a média é de R$ 300 e dá para ganhar R$ 100 com pouco esforço.

Juliana Barbosa, de 34 anos, é uma das passageiras que viraram motorista. A dica foi de uma amiga a quem contou que as filhas, de 16 e 20 anos, foram assediadas por um motorista ao voltar de uma festa. "Como mãe, me sinto muito mais tranquila. Como mulher também me sentia. Agora como motorista, o fato de a gente só levar mulher dá mais tranquilidade para trabalhar à noite", diz.