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Primeiro dia de Rock In Rio acaba com 34 toneladas de lixo

Público do festival ainda precisou lidar com dificuldades no trânsito e problemas de iluminação no Palco Mundo

Trabalhadores da Comlurb no Rock In Rio 2019
Trabalhadores da Comlurb no Rock In Rio 2019 -
O primeiro dia de Rock In Rio foi de festa, trânsito, toneladas de lixo recolhidas e problemas com luz no Palco Mundo. Os shows de Alok, Bebe Rexha, Ellie Goulding e Drake levantaram a plateia e abriram com tudo o festival que vai até dia 6 de outubro. Mesmo assim, algumas situações fora e dentro da Cidade do Rock incomodaram parte do público.

Na parte interna, relatos de lixo espalhado foram comuns. É como diz a estudante de Comunicação Visual Design Júlia Custódio, de 22 anos. Ela conta que precisou andar muito para encontrar lixeiras e, ao achá-las, se incomodou com a sinalização, que as dividiam entre resíduos orgânicos e recicláveis com apenas um adesivo.

De acordo com a Comlurb, foram recolhidas na área interna 31 toneladas de resíduos, com 18,2 toneladas de orgânicos e 12,8 toneladas de recicláveis. Na externa, a companhia coletou 3 toneladas de resíduos, um total de 34 toneladas. Se somadas as 12,5 toneladas recolhidas no evento-teste do dia 24 de setembro, já são um total 46,5 toneladas, sendo 29,7 de orgânicos e 16,8 de recicláveis.

Já na área externa, a principal queixa foi transporte. O congestionamento na cidade, gerado pelo RIR, chegou a 215 km por volta das 18h30, 14 km a mais do que a média das últimas três sextas-feiras. Com a interdição da Av. Abelardo Bueno e outros importantes acessos à região da Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, o melhor jeito era utilizar o BRT, que também contou com impasses.

Usuários diários do transporte protestaram por cerca de duas horas no Terminal Jardim Oceânico porque, de acordo com os passageiros, os articulados especiais para o Rock In Rio tomaram o lugar dos ônibus comuns.

Até dia 6, cerca de 60 mil pessoas devem passar diariamente pela Cidade do Rock. A CET-Rio mantém a operação especial de trânsito, que fecha as principais vias ao entorno do Parque Olímpico a partir das 13h e só reabre às 6h. Sobre o lixo, a expectativa é reduzir a quantidade de material recolhido, que na última edição, contabilizou 117 toneladas no primeiro fim de semana de evento.

Luz com problemas

O encerramento da primeira noite do super festival ficou por conta do rapper canadense Drake. Há poucos minutos de começar o show, o artista informou a organização do Rock In Rio que, devido a chuva e problemas com a iluminação, não permitiria que a apresentação fosse transmitida. Para evitar um buraco na programação, o canal Multishow exibiu um show da Rihanna, cantora pop e ex-namorada de Drake.

Pessoas que ficaram longe do palco relataram que viram apenas a silhueta de Drake, algo que nem os telões principais conseguiram compensar. Apesar de tudo muito escuro, Júlia, fã assumida do rapper, afirma que “o show foi muito bom”.

“Eu sou muito fã do Drake, para mim foi um show maravilhoso. A questão da luz me incomodou no início, mas superei. Ele estava muito emocionado, falava muito com o público a cada música”, relembra.

Após o show, o rapper se pronunciou sobre o cancelamento da transmissão. Ele pediu desculpas pelo ocorrido e disse que o palco foi afetado pela chuva. Drake ainda deixou aberta uma possibilidade de volta ao Brasil ao dizer “voltarei para mais”.
A festa continua
O Rock In Rio continua neste sábado. A partir das 18h, CPM 22 sobe no Palco Mundo ao lado do Raimundos para abrir a noite de celebração dos anos 1990. Completam a festa Tenacious D, com o irreverente Jack Black, Weezer, comandada por Rivers Cuomo, e Foo Fighters, com o vocalista Dave Grohl, ex-Nirvana. No Palco Sunset, o destaque é para o som pesado de Detonautas, que ganha a companhia do Pavilhão 9, grupo de rap de São Paulo.