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Domingo de muito sol e festival de literatura

Cufa realiza Festival Favela Literária

Escritores convidam visitantes a bater um papo
Escritores convidam visitantes a bater um papo -

Ontem foi um dia de sol, regado a muita cultura no Viaduto de Madureira. O termômetro beirava os 40 graus e o horário era o mesmo do jogo do Flamengo, mas cerca de 50 pessoas enfrentaram o calor para assistir uma roda de conversa com quatro autores de literatura negra.

A ação faz parte do primeiro Festival Favela Literária, realizado pela Central Única das Favelas (Cufa), que acontece também em diversos estados do Brasil e tem programação também para hoje.

Segundo Nega Gizza, diretora da Cufa e uma das idealizadoras do evento, a leitura pode mudar vidas, assim como mudou a dela. "Meu pai me ensinou a entender o mundo da literatura atraída pelos gibis, com muitas imagens e pouca falas. Com o tempo, descobri que com a leitura, a minha mente poderia viajar em cada letra ou palavra. O livro é transformador e o exemplo está aqui, no próprio festival. Pessoas que estão vindo e comprando três, quatro, cinco livros, apenas no primeiro dia de evento. Nosso objetivo é incentivar e ensinar a favela que é importante ler literatura em geral", disse.

Ganhador da medalha Orgulho do Rio em 2011, o escritor Otávio Junior contou que o livro transformou a sua vida. "Como todo menino, tinha o sonho de ser jogador de futebol. Estava caminhando com alguns amigos para jogar e, no caminho, achei um livro. Ali, naquele momento, deixei o futebol de lado por alguns minutos e comecei a ler. O livro mudou essa trajetória e mudou meu sonho", contou.

O evento continua hoje com exposição de livros e fotografias, palestras, saraus e rodas de poesia, das 10h às 22h.

 

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