O porteiro do condomínio Vivendas da Barra recuou em depoimento prestado à Polícia Federal na terça-feira e afirmou ter lançado errado o registro de entrada de Elcio Queiroz na casa 58, do presidente Jair Bolsonaro, na planilha de controle do condomínio. O funcionário disse que havia se sentido "pressionado" e deu a primeira versão para o episódio, no qual a entrada do suspeito de matar Marielle Franco foi autorizada pelo "Seu Jair".
Apesar de falar que se sentiu "pressionado", o porteiro afirmou que ninguém o pressionou a prestar a versão em que menciona o presidente.
O funcionário foi ouvido no inquérito aberto para apurar o seu próprio testemunho no caso Marielle. A investigação foi solicitada pelo ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) para apurar "tentativa de envolvimento indevido" do nome de Bolsonaro nas investigações sobre o assassinato da vereadora.
O inquérito corre em sigilo e o Ministério Público Federal afirma que só se manifestará na conclusão do caso.
O porteiro disse que lançou errado na planilha e depois ele, porteiro, se sentiu "pressionado" — não que alguém o tenha pressionado e deu aquela primeira versão para o episódio.