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Orçamento estadual com déficit de R$ 10,6 bilhões é aprovado pela Alerj

Projeção é de receita líquida de R$ 72,6 bi e despesas de R$ 83,2 bi

Votação aconteceu nesta quarta-feira
Votação aconteceu nesta quarta-feira -
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira, em sessão extraordinária, a redação final do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020. É previsto um déficit de R$ 10,6 bilhões, uma vez que a receita líquida estimada é de R$ 72,6 bilhões e a despesa é de R$ 83,2 bilhões.

O orçamento do estado para 2020 tinha sido apresentado pelo governo de Wilson Witzel (PSC) em outubro e tramitou como Projeto de Lei (PL) 1.365/2019, que foi aprovado na terça. Mas, como os deputados incluíram emendas, a redação final do texto com mudanças foi concluída e apreciada ontem. A versão final do PL volta agora para o governador, que tem até 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.

As projeções de receita e despesa da proposta original foram modificadas. Uma das razões para a mudança foi a revisão da inflação e da previsão de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para o próximo ano. Novos cálculos apontaram maior arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo estadual.

Outra fonte de receita, incluída para 2020, são os recursos pelo bônus de assinatura do leilão da cessão onerosa do pré-sal, determinado pela Lei Federal 13.855/19. A estimativa é que o certame realizado em novembro possa render R$ 1,1 bilhão ao Rio de Janeiro no próximo ano.

Em relação à despesa, a Comissão de Orçamento abriu caminho para que diversas emendas elaboradas pelos deputados fossem incluídas.

Assim, houve incremento de R$ 461 milhões nas despesas com educação, que passaram para R$ 8,2 bilhões; e de R$ 321 milhões nas despesas com saúde, que alcançaram R$ 7 bilhões.

A área com o maior orçamento de 2020 será a segurança pública, com R$ 12,9 bilhões, o que significa R$ 198 milhões acima do previsto originalmente. Com as alterações, as despesas totais passaram de R$ 80,8 bilhões para R$ 83,2 bilhões.

Foram aprovadas também emendas que não alteraram despesas, mas criam normas para a forma como devem ser feitas. Uma delas estabelece que 40% dos recursos do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Pefic), no máximo, sejam destinados a projetos da capital. O objetivo é descentralizar o investimento, garantindo que os demais 60% sirvam para estimular a produção cultural nas cidades do interior.