Da obra pros palcos
Rômulo Mello se divide entre o trabalho como pedreiro e a paixão pelo balé
Por O Dia
Publicado em 08/12/2019 00:00:00 Atualizado em 08/12/2019 00:00:00O encanto dos movimentos do balé harmoniza perfeitamente com o talento de Rômulo Mello, pedreiro e bailarino de 32 anos. Aos 17 anos, o jovem descobriu sua paixão pela arte com o projeto Dançando Para Não Dançar, na tradicional Escola de Balé das Comunidades. No estúdio do Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio, ele aprendeu os primeiros passos, que, depois, o levaram a palcos muito maiores.
Desde pequeno, o caminho de Rômulo se cruzou com o da dança. A inspiração vinha de berço, com o pai, dançarino de soul, e a mãe, ex-passista da Unidos de Vila Isabel. Mas o encontro só veio a acontecer definitivamente na juventude do rapaz.
"O Dançando mudou tudo na minha vida, é minha segunda família. A partir da minha vivência aqui, pude conhecer pessoas e entrar em contato com outras escolas de arte. Além disso, em 2005, dancei para o então presidente Lula. A experiência foi maravilhosa, eu nunca acreditei que chegaria lá", conta Rômulo, orgulhoso.
Depois de entrar para a dança, o bailarino teve que se dividir entre a arte e o Exército. "Quando disse que era bailarino, ficaram muito orgulhosos e falaram que eu era homem de verdade de assumir, sem medo, essa paixão", lembra.
Apesar dos anos de dedicação, Rômulo ainda não consegue se sustentar apenas com a dança. Hoje, começa a construir uma família e, com um filho de 2 anos, decidiu seguir os passos do seu pai como auxiliar de pedreiro. O ganha-pão permite que, um dia, realize seu sonho: ganhar dinheiro com o que ama. Enquanto isso, faz dos palcos seu espaço de expressão.