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Saúde em greve

Decisão foi tomada em assembleia, ontem, por trabalhadores da rede municipal

Por Meia Hora

Publicado em 10/12/2019 00:00:00 Atualizado em 10/12/2019 00:00:00
Andre Luiz Prazeres se acorrentou à porta do Albert Schweitzer em protesto contra a falta de pagamentos

Os profissionais que atuam nas 210 Clínicas da Família do município do Rio decidiram, em assembleia ontem, na quadra da Unidos da Tijuca, por uma paralisação de 48 horas, a partir de hoje. A decisão é em protesto contra a falta de pagamento dos salários pelas Organizações Sociais (OS), vinculadas à prefeitura.

Além da paralisação completa das clínicas, a assembleia dos trabalhadores da saúde também decidiu que as emergências e urgências do município funcionarão em regime de apenas 30% da escala presencial.

Segundo o diretor do Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed-RJ), Dario Pontes, dois meses de atraso de salário, falta de insumos e medicamentos e não pagamento do décimo terceiro motivaram a paralisação.

Conforme o presidente do SinMed, Alexandre Telles, há cerca de 15 mil profissionais com salários atrasados na rede municipal de saúde. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de clínicas da família, hospitais e emergência e urgência e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

"Apenas as clínicas da família vão entrar em paralisação de 48 horas. São unidades que não têm serviços de urgência e emergência. São atendimentos ambulatoriais, com hora marcada", explicou Telles.

Ainda conforme o presidente do SinMed, as Organizações Sociais não estariam recebendo os repasses da prefeitura:"Isso é o verdadeiro desmonte da saúde pública, que não está sendo vista como prioridade".

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