Passageiros agem contra mudanças

Moradores de Paquetá entraram ontem com uma ação na Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Rio (MPRJ), contra as mudanças nas linhas Paquetá, Cocotá e Arariboia das barcas. Apesar de ter sido protocolada, a ação só será julgada pelo MPRJ no dia 7 de janeiro, por causa do recesso.

As mudanças começam a valer para Paquetá e Cocotá no próximo dia 30 — as barcas para Paquetá farão escala em Cocotá — e para Arariboia no dia 2, e já tiram o sono de quem depende do transporte.

A professora Alessandra Bruno, 42 anos, relata que a alteração vai prejudicar a filha de 7 anos, que frequenta escola na Glória, na Zona Sul. "Minha filha é autista e tem atendimento especial com mediadora, temos uma dinâmica de vida organizada. Como faço?", desabafa. 

A veterinária Caroline Serra, 34, e o marido dela, o administrador Diogo Nascimento, 26, também foram pegos de surpresa. "Atendo em hospital e consultório no Rio, vai me prejudicar muito o tempo de trajeto. Vou precisar ver um lugar para dormir, talvez tenha que me mudar", diz Caroline. "Trabalho em Paquetá e tenho faculdade em Botafogo. Vou ter que abrir mão de um dos dois. Não dá para ficar sem emprego, mas também não quero largar a faculdade", explica Diogo.

A Agetransp foi notificada ontem pela CCR Barcas sobre as alterações, mas ainda não recebeu a demanda da Justiça.