Mais Lidas

A culpa é da alga

Nas UPAs, mais pacientes com gastroenterite

Morador de Santa Cruz, Israel procurou a UPA com muito enjôo
Morador de Santa Cruz, Israel procurou a UPA com muito enjôo -

Após moradores das zonas Norte e Oeste denunciarem que a água que sai de suas torneiras está barrenta, amarelada ou fedida, duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Zona Oeste registraram aumento no número de atendimentos a pacientes com sintomas de gastroenterite (diarreia, vômito e dores de barriga).

De acordo com levantamento da Secretaria estadual de Saúde, as UPAs de Santa Cruz (Cesarão) e Campo Grande (Avenida Cesário de Melo) registraram, respectivamente, 783 e 588 casos de diarreia, gastroenterite e vômitos de origem infecciosa ou não no período entre 20 de dezembro de 2019 e 5 de janeiro. No mesmo período do ano passado, foram registrados 282 e 378 casos, respectivamente. Ou seja, na UPA de Santa Cruz, os casos quase triplicaram. Mas a Secretaria diz que "é precoce associar o aumento na procura de pacientes com estes sintomas à água contaminada".

O casal Israel Moreira da Silva, de 27 anos, e Gerlaine Silva, de 18, buscou atendimento ontem, em Santa Cruz. Ele relatou forte enjoo. Ela, tonteira, enjoo e diarreia. "A gente bebe porque não tem outro jeito. Mas a água está saindo com gosto de barro. Nunca tinha visto isso acontecer nos 20 anos que moro no bairro".

Cedae divulga resultados

A Cedae informou que após novas análises, ontem, técnicos detectaram a presença de Geosmina, substância produzida por algas e que não representa risco à saúde. "A água fornecida pode ser consumida pela população", diz nota.

Morador de Santa Cruz, Israel procurou a UPA com muito enjôo Ricardo Cassiano
Rio, 07/01/2020 - Agua contamida. Pacientes procuram atendimento em UPA Santa Cruz, zona oeste do Rio. Na foto: I D. Luzia e Israel Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia Ricardo Cassiano/Agencia O Dia