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MP faz vistoria nas instalações da Cedae e amostras de água são coletadas na Estação Guandu

Amostras foram colhidas por órgãos competentes e resultados devem sair em até 15 dias

MP e outros órgãos participaram de vistoria e coleta de amostras na Estação Guandu
MP e outros órgãos participaram de vistoria e coleta de amostras na Estação Guandu -
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema), realizou nesta segunda-feira uma vistoria nas instalações da Cedae da Estação Guandu, em Nova Iguaçu, para verificar as condições dos equipamentos e qualidade do tratamento da água. O órgão emitiu um termo de recomendação à companhia, solicitando a ampla divulgação até esta quarta-feira os laudos de potabilidade da água, em especial, os produzidos desde o dia 01 de janeiro.
A visita foi feita com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Vigilância Sanitária (municipal e estadual) e a própria Cedae, além de instituições parceiras, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). 
Foram realizadas coletas pelo Inea, pelas Vigilância Sanitária e pela própria Cedae, para analisar a água em diferentes pontos e fases do processo, da captação ao pós-tratamento, em busca de respostas para os recentes flagrantes e denúncias sobre as más condições de turbidez, odor e sabor da água fornecida na Região Metropolitana do Rio, alvos de reclamações dos consumidores, incluindo relatos de problemas de saúde.
As amostras foram coletadas na barragem principal de captação do Rio Guandu e no Reservatório Marapicu, no ponto de coleta oficial e nos laboratórios da companhia. A expectativa é de que os resultados de todas as análises, sobre padrões diversos como cloro residual, presença de coliformes fecais e bactérias, entre outros, sejam conhecidos no prazo máximo de 15 dias, para a devida identificação de possíveis problemas ao longo do tratamento, indicação das medidas técnicas de correção a serem adotadas ou mesmo a notificação dos responsáveis legais pelas eventuais irregularidades detectadas pelas equipes técnicas.
As equipes foram recebidas por Julio César Antunes, gerente da Estação de Guandu. Ele garantiu que, nas seguidas verificações feitas no laboratório de análises da CEDAE, com amostras da própria estação, não houve registros fora dos padrões de potabilidade, segundo a legislação vigente. Entretanto, é verificada as causas das variações da água encontradas em diferentes pontos do Rio, com a presença já confirmada do composto orgânico geosmina que, segundo a companhia, não é prejudicial à saúde.