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Bolsonaro anuncia que salário mínimo vai para R$ 1.045

Novo valor repõe inflação de 4,48% a partir de 1° de fevereiro

O presidente Bolsonaro fala à imprensa no ministério da Economia
O presidente Bolsonaro fala à imprensa no ministério da Economia -

Os trabalhadores e os 34 milhões de aposentados, pensionistas e segurados do INSS que recebem um salário mínimo terão um aumento de R$ 6 a partir de 1º de fevereiro. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o novo valor, que passa de R$ 1.039 para R$ 1.045. O anúncio foi feito em entrevista coletiva no Ministério da Economia, na companhia do ministro Paulo Guedes. A correção será feita por Medida Provisória (MP), que tem força de lei assim que for publicada no Diário Oficial da União. Mas, o ato ainda precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias para não perder a validade. 

O novo aumento visa a evitar perdas diante da inflação. Isto porque, em dezembro, o reajuste de R$ 998 para R$ 1.039 foi baseado na última previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou em 4,1%. Porém, o valor do INPC acabou fechando o ano com uma alta superior, 4,48% o que deixou o reajuste para R$ 1.039 abaixo da inflação.

 

Impacto nas contas públicas

O novo aumento no salário mínimo terá impacto nas contas públicas. O governo estima que, para cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, as despesas elevam em R$ 355,5 milhões, principalmente por causa do pagamento de benefícios da Previdência Social, do abono salarial e do seguro-desemprego, todos atrelados ao mínimo.
Segundo Guedes, com o salário a R$ 1.045, o impacto será de cerca de R$ 2,3 bilhões, que poderão ser compensados com uma arrecadação extra prevista pelo governo de R$ 8 bilhões.
Caso não seja possível cobrir com o valor extra, o governo não descarta fazer cortes em outras áreas - como forma de não descumprir o teto de gastos e a meta fiscal.