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De dentro da cadeia

Preso em Bangu 9, miliciano é acusado de ser o mandante de chacina em São Gonçalo

Por O Dia

Publicado em 12/01/2020 00:00:00 Atualizado em 12/01/2020 00:00:00
Daniel Castelo Branco / Agência O Dia

'Estão achando que só vocês que fazem chacina?'. Essa foi a provocação do miliciano Anderson Cabral Pereira, o Sassa, aos seus companheiros de cela, que integravam o grupo paramilitar de Itaboraí, na Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo de Gericinó. Ele é apontado pela Polícia Civil como o mandante da chacina do Campo da Brahma, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, em maio de 2019. A declaração foi dada no dia do crime, onde quatro pessoas foram mortas e sete ficaram feridas a tiros.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, Sassa estava em sua galeria quando mandou os outros detentos assistirem televisão e prestarem atenção nas reportagens, porque ele havia ordenado um atentado em um bar em São Gonçalo. Em outubro do ano passado, policiais da DH apreenderam um celular usado pelo miliciano dentro da sua cela.

Atirador identificado

A chacina foi motivada por um desentendimento entre Sassa e uma das vítimas sobreviventes. O escolhido por ele para executar o crime teria sido seu irmão de consideração, Ronan Azevedo Bento, conhecido também como Jogador. Através de depoimentos de testemunhas, a DH descobriu que ele seria um dos quatro ocupantes do Hyundai HB20 preto, que atiraram contra cerca de 50 pessoas que confraternizavam num bar em frente ao Campo da Brahma, no bairro Porto Velho.