Saara em alerta
Comerciantes chineses zeraram estoques de máscaras devido ao coronavírus
Por Bernardo Costa
Publicado em 01/02/2020 00:00:00 Atualizado em 01/02/2020 00:00:00O alerta global de contaminação por coronavírus provocou escassez de máscaras e álcool gel nas farmácias da Saara, no Centro do Rio. A maior procura é de comerciantes chineses, donos de lojas na região, que estão comprando caixas do equipamento para enviar para parentes na China, onde 9,9 mil pessoas tiveram a doença confirmada e 258 morreram.
Zhang, de 39 anos, é uma das comerciantes que enviaram máscaras para parentes na China. "Lá, elas estão em falta, mas todos são obrigados a usá-las", contou Zhang, mostrando, no celular, imagens da sua cidade natal, Yichang, onde as ruas estão desertas.
Yichang fica a cerca de 320 km de Wuhan, o epicentro do surto de coronavírus na China. "Não tem ninguém nas ruas. Ônibus e trens não circulam mais. Quem pegou o vírus tem que ficar trancado em casa. A polícia vai na porta, deixa a comida e vai embora", relatou Zhang, que tem uma loja de eletrônicos na Rua Buenos Aires.
Gerente de um restaurante chinês da Saara, Bo Wei, de 30 anos, disse que 100 pessoas tiveram a doença confirmada em sua cidade, Anhui, onde vive o irmão dele. "Ele conta que, em todo lugar, há termômetros para medir a temperatura das pessoas. E que o governo enviou mensagens de celular com orientação para que ficassem em casa. Não pode haver reuniões", afirmou.
Para Yin Victor, de 41 anos, o governo chinês vai conseguir controlar o surto da doença. "Eles controlam tudo, vão controlar o vírus também. Todas as cidades estão fechadas, ninguém pode sair nem entrar", disse Yin, dono de uma loja de eletrônicos.