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Polícia vai ao Guandu após Cedae interromper tratamento de água na estação por causa de detergente

Visita acontece menos de 24 horas depois da companhia detectar detergente na estação

Tratamento de água na estação foi interrompido nesta segunda
Tratamento de água na estação foi interrompido nesta segunda -
Policiais da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) estão na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, desde as primeiras horas desta terça-feira. A ida dos agentes acontece menos de um dia depois de a Cedae anunciar a interrupção do funcionamento da ETA por causa da presença de detergente na água.
De acordo com a companhia, o material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas no Rio desde domingo. Ele foi detectado após análise laboratorial.
"Para garantir a segurança hídrica das regiões atendidas pelo sistema Guandu, a diretoria de Saneamento e Grande Produção da Cedae decidiu fechar as comportas da entrada do canal principal da estação", a empresa informou, sobre a paralisação iniciada nesta segunda.
INVESTIGAÇÃO
A DDSD já esteve em Guandu em outras duas ocasiões, durante as investigações sobre um possível envolvimento externo na qualidade da água da Cedae. Vários funcionários da companhia, dentre eles o presidente Hélio Cabral, chegaram a ser ouvidos no inquérito aberto pela Polícia Civil.
A crise hídrica que culminou com uma investigação policial começou no início de janeiro, quando moradores da capital e da Baixada começaram a reclamar que a água que chegava às casas deles estava barrenta e com cheiro ruim. Depois da reclamação, a Cedae informou que técnicos da companhia detectaram a presença de geosmina (substância orgânica produzida por algas) na água e que ela não representa nenhum risco à saúde dos consumidores.
Para resolver o problema da geosmina, a companhia passou a usar, desde o dia 23 de janeiro, carvão ativado purificado no tratamento da água da estação de Guandu. A Cedae também começou a despejar argila ionicamente modificada na lagoa próxima à captação de água. A medida é para diminuir a proliferação das algas que liberam a geosmina.