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Caso von Richthofen: Justiça de São Paulo nega pedido de liberdade a Cristian Cravinhos

Ele está detido desde 18 de abril de 2018 por corrupção ativa, após ter tentado subornar policiais militares quando se envolveu em uma briga de bar

Cristian Cravinhos, Daniel Cravinhos e Suzane von Ricthtofen foram presos em 2002
Cristian Cravinhos, Daniel Cravinhos e Suzane von Ricthtofen foram presos em 2002 -
São Paulo - O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de liberdade feito por Cristian Cravinhos e o condenou a quatro anos e oito meses de reclusão e ao pagamento de 23 dias-multa. Ele está detido desde 18 de abril de 2018 por corrupção ativa, após ter tentado subornar policiais militares quando se envolveu em uma briga de bar. A decisão foi expedida na quarta-feira de forma unânime pela 11ª Câmara de Direito Criminal, que também negou pedido do Ministério Público para aumentar a pena de Cravinhos.

A briga e posterior tentativa de suborno ocorreram enquanto Cravinhos cumpria sua condenação pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen em regime aberto. Em depoimento, os policiais militares envolvidos no caso afirmaram que o réu tentou oferecer R$ 1 mil para não ser levado à delegacia, pois tinha medo de ter a liberdade provisória revogada. Ele também teria afirmado que o irmão, Daniel Cravinhos, poderia repassar mais R$ 2 mil aos agentes.

Em decisão proferida em outubro de 2018, quando o caso ainda tramitava em 1ª instância, o texto reforça que Cravinhos foi flagrado a cerca de 100 quilômetros de seu município, em "posse de munição de uso restrito" e "oferecimento de dinheiro para que policiais evitassem ato de ofício, caracterizando corrupção ativa".

A sentença também negou a possibilidade de Justiça Gratuita, alegando que o réu "viajou quilômetros para esta cidade, numa motocicleta de alto valor, em posse de mil e quinhentos reais em espécie e de celular de padrão de consumo elevado". De acordo com a sentença inicial, Cristian está condenado "até o longínquo ano de 2032".