Roubo de estátua
Peça de 400 kg é levada de uma praça na Glória
Por Anderson Justino
Publicado em 18/02/2020 00:00:00 Atualizado em 18/02/2020 00:00:00Representantes da Gerência de Monumentos e Chafarizes do Rio, vinculada à Secretaria de Conservação, estiveram, ontem, na 9ª DP (Catete) para registrar o furto da escultura de 400 kg, de Rosa Paulina da Fonseca, mãe do primeiro presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca, fixada na Glória. Segundo a Polícia Civil, imagens de câmeras de segurança da região serão analisadas para identificar os possíveis responsáveis pelo crime.
Atualmente, o órgão cuida de 1.371 monumentos, entre bustos, esculturas, estátuas, relógios e chafarizes. Para manter as peças, são investidos anualmente R$ 900 mil para manutenção e reparos.
O furto foi o segundo do ano e expõe a fragilidade na preservação histórica. Em 2019, oito obras foram furtadas. Fundador da SOS Monumentos, Marconi Andrade denunciou diversas vezes às autoridades o desaparecimento de peças na cidade. "É incrível como deixam nossa história se apagar de uma forma tão trágica. Se, por acaso, não fizerem nada, a tendência é piorar", reclama Marconi.
Crimes recorrentes
O Passeio Público, no Centro, está com peças importantes sumindo gradativamente. Na Glória, a Praça do Russel também sofre. O monumento em homenagem a São Francisco de Assis e Santa Clara teve suas placas furtadas. No mesmo espaço, a escultura O Escoteiro foi levada em 2019.
Um dos casos recorrentes é o furto dos óculos da estátua do escritor Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana. Hoje, ela é monitorada 24 horas pela Guarda Municipal. Outro mistério é o sumiço das vigas da Perimetral, na Zona Portuária, em 2013. Eram seis vigas, com 20 toneladas cada, e, juntas, valiam R$ 14 milhões. O caso nunca foi resolvido.