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Defensoria e MP recorrem por bloqueio das contas da Cedae no Rio

Objetivo é questionar se a indenização da empresa aos consumidores pode ser por meio de desconto na conta de água

Tratamento de água na estação foi interrompido nesta segunda
Tratamento de água na estação foi interrompido nesta segunda -
A Defensoria Pública e o Ministério Público do Rio recorreram de decisão judicial que negou bloqueio de R$ 560 mil das contas da Companhia Estadual das Águas e Esgotos (Cedae). O montante seria destinado à indenização de vítimas da crise da água, que desde janeiro sofrem com alga geosmina na água voltada para o consumo.
O recurso das instituições pede esclarecimentos sobre pontos da decisão da 2ª Vara Empresarial do Rio, que negou liminar à Promotoria.

O objetivo é questionar se a indenização da Cedae aos consumidores pode ser realizada por meio de desconto na conta de água. A proposta pede que 70% do valor seja abatido no consumo mensal de cada residência afetada.

Os dois órgãos também apresentaram recurso em segunda instância, pedindo a reversão da decisão inicial e o bloqueio das contas da Cedae.

Moradores do Rio relatam, desde o começo do ano, problemas com a distribuição da água devido à presença da geosmina, composto orgânico formado pela proliferação de algas, que deixa a água com cheiro e gosto de terra. A Cedae afirma que a água com a substância não faz mal, mas estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirmam que há riscos à saúde da população

No dia 24 de janeiro, o Ministério Público instaurou inquérito para apurar danos materiais e morais gerados pela companhia por conta dos problemas na distribuição da água, além de prejuízo à população, que recorreu à compra de água mineral para beber e cozinhar.