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Coronavírus: China anuncia redução de novos casos de infecção

Autoridades chinesas acreditam que controle rigoroso da população ajudou a evitar expansão do vírus e orientam outros países a seguirem o mesmo caminho

Número de novas infecções no surto de coronavírus na China começou a diminuir
Número de novas infecções no surto de coronavírus na China começou a diminuir -
A pandemia global do coronavírus pode acabar em junho, se os países se mobilizarem para combatê-la, disse ontem, em Pequim, Zhong Nanshan, o principal assessor médico da China. O governo declarou que o
pico de contaminações terminou no país e que os casos novos na cidade de Hubei, caíram para um dígito pela primeira vez.
Cerca de dois terços dos casos de coronavírus no mundo foram registrados em Hubei, província do centro da China onde o vírus surgiu em dezembro, mas nas últimas semanas a grande maioria dos casos novos emergiu fora do país asiático. 
Autoridades chinesas acreditam que o controle foi obtido a partir das medidas rígidas adotadas - como sujeitar Hubei a uma interdição quase total e a contenção de grandes surtos em outras cidades - e dizem que outras nações deveriam aprender com seus esforços, segundo publicou a Agência Brasil.
“Falando em termos gerais, o pico da epidemia passou na China”, disse Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde. “O aumento de casos novos está caindo”, garantiu. Já Zhong Nanshan, assessor médico do governo chinês, disse, em entrevista também ontem, que, contanto que os países levem os surtos a sério e estejam preparados para adotar medidas firmes, o surto pode acabar em todo o mundo em questão de meses.
Diante da desaceleração acentuada da propagação do vírus na China, muitos negócios reabriram no país asiático, ainda segundo a Agência Brasil, e as autoridades estão amenizando cautelosamente as medidas  severas de contenção, se concentrando em reativar fábricas e negócios prejudicados pelas diretrizes adotadas para enfrentar a doença.
A atividade industrial despencou para o pior nível já registrado em fevereiro e, embora mais negócios tenham reaberto nas últimas semanas, na medida em que as ações de contenção foram sendo amenizadas,
analistas não acreditam que a atividade voltará ao normal antes de abril.
Esclarecimento sobre Cuba
Nos últimos dias tem circulado na internet, sobretudo nas redes sociais, que Cuba teria descoberto a cura para o Covid-19, provocado pelo novo coronavírus. A mensagem, falsa, diz que Cuba teria produzido e enviado para a China uma vacina contra o vírus, curando 1.500 pessoas.
No entanto, o que realmente ocorre é a remessa, para a China, do Interferon Alfa 2B, um dos 30 medicamentos escolhidos pelo governo chinês para tratar pacientes com coronavírus. Segundo o site G1, o próprio diretor de investigações biomédicas do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Cuba, Gerardo Guillen, afirmou que Cuba não tem a vacina contra a Covid-19.