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Atenção! Somente 15% a 20% dos ônibus de Niterói e SG circularão a partir desta segunda

O quadro de motoristas e cobradores será dividido em três e, assim, cada profissional trabalhará dez dias por mês durante a quarentena

Cada rodoviário receberá o salário correspondente aos dias trabalhados, o que já vale para a folha de pagamento de março
Cada rodoviário receberá o salário correspondente aos dias trabalhados, o que já vale para a folha de pagamento de março -
Niterói - Rodoviários de sete empresas que operam em Niterói e São Gonçalo com 155 linhas municipais e intermunicipais - inclusive para a capital - decidiram, em assembleias realizadas nas garagens, aderir ao esquema de revezamento proposto pelas viações. O quadro de motoristas e cobradores será dividido em três e, assim, cada profissional trabalhará dez dias por mês. A medida começa a valer nesta segunda-feira e a projeção é que apenas 15% a 20% das frotas circulem para atender à demanda de passageiros. A redução da jornada de trabalho e, consequentemente, dos salários dos rodoviários, deve-se às ações de isolamento social determinadas pelo Governo do Estado e pelas prefeituras para o controle da propagação do coronavírus (Covid-19).
Os trabalhadores que firmaram o acordo são da Viação Mauá, Icaraí Auto Transportes, Auto Viação ABC, Auto Ônibus Alcântara, Rio Ita, Coesa e Auto Ônibus Fagundes. Cada rodoviário receberá o salário correspondente aos dias trabalhados, o que já vale para a folha de pagamento do mês de março. Já na Auto Ônibus Brasília, que atravessa uma grave crise financeira, os rodoviários acordaram uma diária de R$ 70. Nesta segunda, realizam assembleias entre 9h e 16h os rodoviários das seguintes empresas de Niterói e Maricá: Expresso Garcia, Santo Antônio Transportes, Viação Fortaleza, Viação Pendotiba, Viação Nossa Senhora do Amparo e Expresso Miramar. Na terça-feira, será a vez das companhias Auto Lotação Ingá, Viação Araçatuba, Viação Rio Ouro, Viação Galo Branco e Viação Estrela.
"Embora a Saúde Pública seja prioridade, as autoridades, em níveis federal, estadual e municipal, também têm que pensar na questão social, que será profundamente afetada pela drástica redução da jornada de trabalho para algumas categorias e até a suspensão de pagamentos em outras. A crise na saúde também o emprego e a renda de milhões de famílias. Se as medidas de isolamento forem prolongadas por muito tempo, dezenas de milhares de cidadãos da região ficarão em situação de penúria. Os trabalhadores não podem ser esquecidos, principalmente os de transporte público, que também integram um setor essencial. Os governos, em todas as suas esferas, podem compensar essa queda dramática na renda dos trabalhadores, complementando seus salários, como muitos países estão fazendo ou estão em vias de fazer”, afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santos Oliveira.

O Sintronac ainda aguarda a resposta para um pedido de audiência com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, encaminhado na última quinta-feira.