Bancos e bancas de jornal ficam abertos

Ao contrário do que havia determinado o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), no último domingo, os bancos não entram na lista de estabelecimentos fechados a partir de hoje. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assegurou a abertura das agências. No decreto, o prefeito havia definido que as instituições não poderiam abrir e que só atenderiam pelos canais digitais como forma de conter a propagação do novo coronavírus.

Entretanto, a Febraban afirmou que as agências permanecem abertas, com atendimento aos seus clientes, priorizando os públicos mais vulneráveis, como o de aposentados e pensionistas.

Procurada, a prefeitura informou que, seguindo orientações da Procuradoria Geral do Município (PGM), e após contato com representantes dos bancos, as agências estarão abertas com algumas medidas de precaução. Uma delas é que só podem receber clientes se o atendimento não ultrapassar 20 minutos, contados desde o ingresso do cliente na agência até a conclusão do serviço. Além disso, durante todo o atendimento no interior das agências deve ser preservada a distância mínima de dois metros entre as pessoas.

O decreto do prefeito também determinava que as bancas de jornais não deveriam abrir. Porém, os estabelecimentos permanecem com o funcionamento normal.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas no Estado (Sinvejor), Nilson Dantas, as bancas não haviam sido colocadas como serviços essenciais pelo decreto. "O prefeito Crivella não permitiu a abertura desses estabelecimentos, mas as bancas fazem parte do comércio essencial, a imprensa é livre e não pode parar de ser veiculada", afirma.

Na manhã de ontem, Dantas entrou em contato com o prefeito do Rio para que voltasse atrás em relação à questão das bancas de jornais no período do fechamento do comércio. "Mostramos a ele a necessidade da abertura e falamos sobre a importância. Ele avaliou e decidiu que os jornaleiros podem continuar trabalhando", disse.