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Construtoras criam alternativas para evitar contágio de coronavírus

Carona solidária, diminuição de carga horária, reuniões virtuais e home office são algumas medidas

Meia Hora
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Rio - O setor da construção carioca e demais empresas ligadas ao ramo estão se adaptando à nova realidade com a pandemia de coronavírus. Seguindo a determinação de órgãos como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, as empresas estão adotando algumas estratégias nos escritórios e nos canteiros de obras. Entre elas estão carona solidária, diminuição de carga horária, reuniões virtuais e home office.
Na Riooito Incorporações, há orientação sobre os protocolos de segurança, envio de material com dicas de prevenção para clientes e parceiros, álcool gel à disposição nos escritórios e estandes de vendas, higienização dos espaços de duas em duas horas, além de duas opções de esquema de trabalho. “O colaborador pode fazer home office ou uma jornada interna menor para evitar os horários de pico nos transportes públicos”, conta Mariliza Fontes Pereira, diretora da empresa.

A CAC Engenharia está adotando home office na sede em Minas Gerais e também no escritório do Rio de Janeiro. Já os corretores estão com plantões reduzidos. Com relação às obras, a empresa está seguindo as orientações do Sinduscon MG. Entre as recomendações estão disponibilizar álcool gel e higienizar leitores de biometria, catracas, equipamentos de segurança e ferramentas, bem como demais itens de uso comum no âmbito das obras e empresas; instalação de lavatórios na entrada das obras para facilitar a higienização dos colaboradores antes do início e após a jornada; e orientar os colaboradores que apresentarem febre, dor de garganta, coriza e tosse a procurar a unidade de saúde mais próxima.

No escritório do Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário, só estão pessoas vitais para a operação. Os demais estão em home office. Nos canteiros de obras, entre as medidas adotadas estão intensificação da limpeza nos sanitários, refeitórios, vestiários de outras regiões de convivência, álcool em gel disponível em vários pontos do canteiro; escalas nos horários de almoço, além de cartazes e palestras sobre o assunto. A Fernandes Araujo está adotando home office, flexibilização de horário, cartazes com orientações na obra e álcool gel à disposição no escritório e na obra.

Imobiliárias

O impacto também alterou a rotina das imobiliárias e administradoras de condomínios. Na Precisão Empreendimentos Imobiliários foi criada uma política emergencial de trabalho, além de alteração do horário de entrada e saída dos funcionários, redução de carga horária e trabalho remoto (home office). “Fechamos o atendimento ao público externo, trabalhando apenas a demanda interna, instalamos mais dispensers com álcool em gel (70%) nas áreas de acesso, máscaras e luvas, dentre outros itens, e redobramos a higienização do equipamento de biometria. O momento é de ampla solidariedade diante da atual crise mundial e não podemos nos omitir. A hora é agora. Vamos nos deixar contaminar pela solidariedade em primeiro lugar”, destaca Sonia Chalfin, diretora da Precisão.

Na JB Andrade Imobiliária, entre as medidas adotadas, de acordo com a diretora Solange Portela de Andrade, estão: escala dos corretores de vendas, reforço na limpeza e cancelamento de visitas presenciais, adotando telefone, WhatsApp e outros canais de comunicação. “Para os funcionários que dependem de transporte público, optamos pela carona solidária e também regime de home office para alguns colaboradores. Todos devemos seguir as orientações das autoridades de saúde e ter consciência do nosso papel na sociedade e no combate ao avanço do coronavírus. É grande a responsabilidade de cada um de nós, não só para a nossa saúde, mas para a saúde de todos”, ressalta a diretora.

Já na imobiliária Martinelli, a equipe está em esquema de home office, atendendo os clientes virtualmente. “O procedimento é o mesmo para a construtora Martinelli. Não vamos deixar de atender nossos clientes; estamos adaptando a rotina atual para cumprir com as determinações dos órgãos de saúde”, comenta José Luiz Martinelli, presidente do Grupo Martinelli.