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OMS rebate discurso de Bolsonaro e reforça gravidade do novo coronavírus

Entrevista do diretor-geral da entidade ressalta que muitos países não atingiram o pico da epidemia

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou o alerta pela prevenção ao Covid-19
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou o alerta pela prevenção ao Covid-19 -
Genebra, Suíça - Na contramão das orientações de especialistas da área de saúde e vigilância sanitária para conter a pandemia do novo coronavírus, o discurso do presidente Jair Bolsonaro pelo fim do isolamento social, foi rechaçado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades internacionais ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU). Em teleconferência, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi direto em na resposta. 

"Em muitos países, o coronavírus é uma doença muito séria", afirmou Ghebreyesus.
Ciente da preocupação global pela saúde econômica dos países em meio à pandemia, o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, completou: "Nós também entendemos a situação terrível que os países enfrentam para proteger as economias e os sistemas sociais, mas temos que focar primeiro em parar essa doença e em salvar vidas".

Na teleconferência, as autoridades revelaram detalhes das medidas na tentativa de frear o avanço do Covid-19 em países mais pobres e vulneráveis. "A história nos julgará sobre como responderemos às comunidades mais pobres em sua hora mais difícil", disse Ghebreyesus.


Tedros Adhanom Ghebreyesus relembrou que mais de 150 países ainda têm menos de 100 casos confirmados do Covid-19. Itália e Espanha, que já superaram o número de mortes da China, ainda não atingiram o pico da epidemia, assim como os Estados Unidos, onde Nova York registra mais da metade dos casos diagnosticados no país. Mais de 20 mil pessoas contraíram o vírus. 

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