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Indiano pode ter contagiado até 15 mil pessoas com coronavírus

Homem de 70 anos teria viajado para a Itália e Alemanha

Voluntário espirra desinfetante em policial em uma rua em Amritsar, na Índia
Voluntário espirra desinfetante em policial em uma rua em Amritsar, na Índia -
Índia - Pelo menos 15 mil pessoas ficaram em quarentena no norte da Índia, potencialmente infectados por uma única pessoa, um guru sikh, que morreu de covid-19 e suspeito de ser um "superpropagador" do coronavírus, de acordo com uma autoridade local.

Depois de viajar pela Itália, o epicentro europeu da pandemia e pela Alemanha, o guru de 70 anos de idade, Baldev Singh estava pregando em quinze vilarejos no estado de Pundjab, na maioria sikh da Índia, antes de adoecer e morrer.

Na Índia, o governo decretou um alerta de saúde na quarta-feira e o confinamento da população por 21 dias. Medidas de quarentena mais fortes foram tomadas nas áreas afetadas pela visita de Baldev Singh, com comida entregue em casa.

"A primeira dessas 15 aldeias foi visitada em 18 de março e estimamos que haja entre 15.000 e 20.000 pessoas envolvidas depois disso", disse à AFP Gaurav Jain, alto magistrado do distrito de Banga, onde o guru residia.

"As equipes médicas estão preparadas e há vigilância regular", acrescentou.

Até agora, 90 pessoas que entraram em contato com o guru deram positivo para o novo coronavírus, disse Vinay Bublani, chefe da polícia local. O resultado dos testes de outras 200 pessoas é aguardado.

O guru e seus dois colaboradores, também infectados, não respeitaram as regras obrigatórias de autoconfinamento após o retorno da Europa, iniciando a turnê para pregar, o que poderia ter causado contágio em massa.

Segundo país mais populoso do mundo depois da China, a Índia, com 1,3 bilhão habitantes, teve 873 casos confirmados de covid-19 e 19 mortos.

Esse saldo encontra-se bem abaixo do de outros países, mas especialistas consideram que muitos casos não são detectados devido à falta de testes no país.