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Leitos fechados em hospitais do Rio

São 19% sem funcionar nas unidades públicas

Hospital Federal de Bonsucesso, que atenderá pacientes de Covid-19, possui 62% dos leitos fora de operação
Hospital Federal de Bonsucesso, que atenderá pacientes de Covid-19, possui 62% dos leitos fora de operação -

A pandemia do coronavírus realçou a triste realidade nos hospitais públicos do Rio, onde cerca de 19% dos leitos estão fechados. Uma preocupação a mais, já que, segundo especialistas, o pico de transmissão da Covid-19 será entre este mês e maio.

Levantamento feito pelo MEIA HORA, com base nos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), mostra que, na esfera federal, a situação é mais grave no Hospital de Bonsucesso (HFB), onde 62% dos leitos estão fora de operação. No Hospital da Lagoa, também federal, das 255 vagas, 152 estão desativadas (60%).

Na rede estadual, o Hospital Eduardo Rabelo, em Campo Grande, na Zona Oeste, está, atualmente, com 88% dos leitos sem funcionar.

Na rede municipal, o hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador, não tem nenhum dos 30 leitos em operação. Já na rede estadual, no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, dos 163 leitos, 51 se encontram fechados. Os 112 restantes estão ocupados.

Segundo o Ministério da Saúde, o prédio I do HFB está sendo esvaziado e terá 200 novos leitos. Mas o problema é maior. "Não temos profissionais. O que pode causar um caos", diz o diretor do Corpo Clínico, Júlio Noronha.