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Coronavírus: Prefeitura realiza ação para evitar aglomeração de moradores na Rocinha

Ação conjunta da Seop fechou 800 lojas na comunidade em dois dias. Em toda a cidade, já foram fiscalizados mais de três mil estabelecimentos comerciais

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A Prefeitura do Rio realizou, na manhã desta sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, uma ação para orientar comerciantes da Rocinha, na Zona Sul do Rio, sobre a necessidade de fechamento do comércio não essencial, em cumprimento ao decreto do prefeito Marcelo Crivella para enfrentamento do novo coronavírus (covid-19). Coordenada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a fiscalização resultou no fechamento de cerca de 800 lojas na comunidade.
Com cerca de 50 agentes municipais, a força-tarefa contra a covid-19 contou com efetivos da Guarda Municipal – inclusive com uso de carro de som; da Subsecretaria de Licenciamento, Fiscalização e Controle Urbano, vinculada à Secretaria Municipal de Fazenda; da Subsecretaria de Vigilância Sanitária; e da Comlurb – atuando no apoio, além da limpeza e higienização do local – e auxílio da Polícia Militar. Técnicos da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, ligada à Seop, também participam dos trabalhos de orientação.
"Operações como esta têm caráter educativo. Reforçam a necessidade de evitar a circulação de pessoas e assim reduzir o risco de contágio do novo coronavírus. A Prefeitura vem criando condições para diminuir o fluxo das ruas, como o escalonamento de horários do comércio e indústria essenciais, iniciado esta semana. A Defesa Civil municipal, inclusive, continua com a passar mensagens de orientação à população das 103 comunidades monitoradas pelo sistema de sirenes. Há ainda o Disk Aglomoreação, acionado pelo canal 1746. Todos nós devemos fazer nossa parte, sem relaxar, para conter a doença", explica o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.
Balanço 
Até esta quinta-feira (9) foram fechados 2.309 estabelecimentos de 3.027 fiscalizados em 48 ações em toda a cidade. A suspensão do comércio é por tempo indeterminado. Entre as exceções estão supermercados e hortifrútis; padarias (sem consumo no local); pet shops; lojas de materiais de construção; e postos de combustíveis.
Além da Rocinha, o roteiro da Seop englobou Bangu, na Zona Oeste, e Rocha Miranda, na Zona Norte. Ao todo, foram fiscalizados 10 estabelecimentos nos dois bairros, quatro deles fechados por não serem essenciais. Ambulantes também foram orientados a interromper suas atividades. No calçadão de Bangu, os agentes orientaram ainda cidadãos a manterem distância de pelo menos 1,5 metro em fila de agência bancária.
Disk Aglomeração atende 1.517 chamados.
O Disk Aglomeração da Prefeitura do Rio realizou 1.517 atendimentos para dispersar grupos de pessoas, em dez dias de funcionamento. Os bairros mais demandados são: Campo Grande, Centro, Bangu, Realengo, Tijuca, Santa Cruz, Barra da Tijuca, Copacabana, Recreio dos Bandeirantes e Taquara.

O serviço é coordenado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e funciona com base em chamados para a Central 1746. Nesta semana, a iniciativa ganhou um reforço tecnológico: o uso de sinais de celulares para detectar pontos de aglomeração, a partir de uma parceria com a operadora de telefonia TIM e o Centro de Operações Rio (COR).