Quatro nomes e 1 vaga

Após uma manhã de reuniões, ontem, um dia após a demissão de Sergio Moro, a expectativa era de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciasse o nome do novo ministro da Justiça. Mas não foi o que aconteceu. A nomeação do atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, era dada como certa. Porém, após um encontro com auxiliares, ocorrido no Palácio da Alvorada, o presidente teria mudado de ideia.

Um dos presentes, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) disse que foi chamado para uma conversa particular "sobre o futuro". Ele não deu detalhes, mas confirmou que o ministro Jorge Oliveira foi ao encontro. Segundo ele, é provável que Oliveira seja o novo chefe da pasta. "É alguém da altíssima confiança do presidente", disse.

Major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Oliveira é advogado, especialista em Direito Público. Foi assessor jurídico do então deputado Jair Bolsonaro e chefe de gabinete de Eduardo Bolsonaro. Mas, além dele, outros nomes são cotados para assumir a vaga deixada por Moro.

Ivan Ricardo Garisio Sartori, que foi juiz e desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo é um deles, inclusive, por ser jurista, figura como um dos mais bem cotados. Já o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, foi quem manteve o ex-presidente Lula preso, numa batalha de despachos no TRF-4. André Mendonça, advogado-geral da União é outro que tem bagagem jurídica, mas não domina a área de Segurança Pública. Correndo por fora, o deputado federal pelo DEM-DF Alberto Fraga. Ele é amigo próximo da família de Bolsonaro.