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Que situação! Voluntários do Alemão ficam em meio a tiroteio durante doação de cestas básicas

PM diz que fez operação na Favela da Galinha, onde houve a distribuição, mas policiais não fizeram disparos

Gabinete de crise do Alemão promove ações de combate e prevenção ao coronavírus
Gabinete de crise do Alemão promove ações de combate e prevenção ao coronavírus -
Rio - Voluntários do gabinete de crise do Complexo do Alemão, criado para combater o coronavírus no conjunto de comunidades da Zona Norte do Rio, ficaram em meio a um tiroteio durante uma doação de cestas básicas e materiais de higiene na Favela da Galinha, na manhã desta quarta-feira. De acordo com os relatos recebidos pela equipe, a Polícia Militar teria achado que o veículo usado para transportar as doações era roubado.
Procurada, a corporação informou que fez uma operação na comunidade Favela da Galinha, e no início da ação, os policiais foram atacadas a tiros, no entanto, não houve revide.
O gabinete de crise do Alemão foi criado, no contexto da pandemia de covid-19, pelo Coletivo Papo Reto, Mulheres em Ação e pelo Voz da comunidade para articular ações de combate e prevenção ao coronavírus nas favelas do complexo.

Nesta quinta-feira, as equipes tinham como meta distribuir 400 cestas e kits de higiene para a população, mas a ação foi interrompida pelos tiros. De acordo com Camila Moradia, integrante do Mulheres em Ação, as equipes entregaram os materiais para 300 famílias e o caminhão foi reabastecer. "Eu estava na estrada esperando o retorno e de repente, começaram os disparos. Nessa localidade, os barracos são de madeiras, e e os moradores nos falando para entrarmos e nos protegermos."

Segundo Camila, a ação durou uns 10 minutos. "A gente conseguiu sair da comunidade e decidimos pelo caminhão não voltar. Ali é uma localidade pobre, com barracos de madeira, são pessoas que precisam. Nós fizemos tudo organizado, e de repente", lamenta. A integrante do coletivo diz que o gabinete vai pressionar o poder público para haja uma atuação municipal e estadual nessas regiões.

"Nós estamos com uma demanda enorme no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para resolver questões do bolsa família, cadastro único e de outros auxílios, mas ele não funciona. No entanto, a polícia tem atuado em comunidades", diz a ativista. "Nós já estamos correndo riscos expostos, porque nós nunca fizemos isso, nós não somos profissionais da saúde, e agora também temos que nos preocupar com a questão de segurança", completa.

Em nota, a Polícia Militar informou que equipes do 3º BPM (Méier) realizaram operação na comunidade Favela da Galinha, na Zona Norte da cidade do Rio, nesta quinta-feira. De acordo com a corporação, no início da ação, os policiais foram atacadas a tiros, no entanto, não houve revide.
"A ação, que foi previamente planejada e não tinha relação com recuperação de carga roubada, já foi encerrada e não houve ocorrência envolvendo as equipes do 3º BPM", disse a PM, em nota.

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