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Missão humanitária

Operários correm para construir hospital de campanha no Leblon até fim do mês

Por Meia Hora

Publicado em 09/04/2020 00:00:00 Atualizado em 09/04/2020 00:00:00
Recém-formada, Karolline Luigi comanda os trabalhos no hospital de campanha. Antes de entrar na obra, todos passam por medição de temperatura

Davi Barros sai de São João de Meriti antes do sol nascer para bater ponto no Leblon às 6h30. Depois que chega no trabalho, não tem hora para sair. Ele é eletricista no hospital de campanha que o grupo particular de saúde Rede D'Or está erguendo para atender pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) com coronavírus. O turno tem sido dobrado, assim como a responsabilidade: o objetivo é finalizar a construção até o fim de abril. Os operários, em rotina cansativa, têm tratado a obra como missão humanitária no combate ao vírus.

"Eu saio de casa com o pensamento de ter que cumprir a missão. Por mais que as pessoas não estejam dando muita importância, a gente está comprometido. Antes de começar o projeto tivemos uma reunião com a direção. A gente ia ter que se doar. É uma campanha humanitária. A gente sabe que tem horário para entrar, mas não sabe quando vamos sair", afirma o responsável pela parte elétrica da obra do hospital de campanha, montado no terreno ao lado do 23º Batalhão da Polícia Militar, na autoestrada Lagoa-Barra. O investimento para a construção será de R$ 45 milhões, e vem totalmente da iniciativa privada, segundo a Rede D'Or. A estimativa é de criar cerca de mil empregos diretos e indiretos.

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