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Saída de Sergio Moro deixa geral boladão

Até apoiadores de Bolsonaro criticam demissão do ex-aliado

Por Meia Hora

Publicado em 25/04/2020 00:00:00 Atualizado em 25/04/2020 00:00:00
"Democracia é assim, todo mundo tem o direito de se manifestar. Uns com mais educação, outros com menos", disse o ministro.

A demissão do ex-juiz Sergio Moro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, provocou reações nos meios jurídico, empresarial, político e na sociedade em geral. Mas a saída do ministro mais popular do governo Bolsonaro vai abalar uma de suas principais bases eleitorais, o segmento evangélico. Logo após Moro informar a saída, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) anunciou que cobraria apuração de crimes de responsabilidade que podem ter sido cometidos pelo presidente.

A investigação é um processo jurídico-político que pode levar ao impeachment de Bolsonaro. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também decidiu entrar com pedido de afastamento do presidente. A crise Moro/Bolsonaro reverberou no ambiente militar. O Clube Militar divulgou nota de desagravo a Moro.

Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo) afirmou que a demissão ocorre por "erro político".

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou que a instituição vai analisar os indícios de crimes apontados ontem pelo ex-ministro Sergio Moro durante pronunciamento.

A presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, lamentou o pedido de saída de Moro.

Em nota, a AMB afirmou que a carreira de Moro na magistratura "certamente contribuiu para levar ao Ministério uma visão ampla sobre o sistema de Justiça e a complexa realidade do Brasil."

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