Letalidade maior em D. de Caxias

A pandemia do novo coronavírus se alastra cada vez mais rápido pelo estado, que soma 921 mortes e mais de 10 mil casos pela Covid-19, e a situação de Duque de Caxias é ainda mais preocupante. Dados da área de epidemiologia e estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF) mostram que o município da Baixada Fluminense é o que vê o número de óbitos a cada 100 mil habitantes evoluir mais rápido.

O estudo leva em conta o total de mortes pelo vírus registrados a partir do primeiro confirmado por cada município. Nesse cenário, Mesquita também se destaca negativamente, aproximando-se de Duque de Caxias. Nova Iguaçu e Itaboraí também preocupam, com evolução superior à capital.

Além da velocidade com a qual acumula óbitos, Duque de Caxias apresenta a maior taxa de letalidade (número de óbitos por casos confirmados) entre os municípios analisados (17,72%), seguido por Nova Iguaçu (9,41%), São João de Meriti (9,29%), Rio de Janeiro (9,06%), São Gonçalo (8,80) e Mesquita (8,44). Niterói (7,27%), Belford Roxo (6,06%), Volta Redonda (4,31%) e Itaboraí (4,23%) completam a lista.

Wilson Calmon, professor do departamento de estatística da UFF, levantou hipóteses sobre a diferença nas taxas dos municípios: "A capacidade do sistema de saúde, a questão do isolamento, que (se diminuir) faz a epidemia evoluir de forma rápida, também significa que o sistema de saúde tem tempo para reagir. Tem a questão da subnotificação, e ela afeta o número de casos confirmados".