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Justiça derruba direção do HFB

Juíza aponta negligência em manter leitos vazios

A juíza federal Carmen Silvia Lima de Arruda intimou o Ministério da Saúde a substituir a direção do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), alegando omissão e negligência no enfrentamento da pandemia da covid-19. Em sua decisão, a magistrada cobra abertura de leitos ociosos na unidade. Segundo ela, há 240 leitos no Prédio 1, sendo que apenas 17 desses foram ocupados por pacientes infectados por coronavírus. A juíza aponta, ainda, haver 14 respiradores fora de uso na unidade e outros 30 leitos de UTI vazios por falta de profissionais de saúde.

De acordo com a decisão, esses leitos estariam equipados e em condições para tratar pacientes da Covid-19. A decisão expõe outros problemas na unidade, como a falta de testes para verificar se há profissionais de saúde infectados e ausência de plano de contingência, além da falta de aquisição de equipamentos de proteção, como máscaras N-95. Em seu despacho, a juíza cobra explicações do Ministério da Saúde sobre os leitos vazios e equipamentos desativados no Hospital Federal de Bonsucesso.

A juíza Carmem Silvia Lima de Arruda também cobrou abertura de leitos nos outros cinco hospitais federais da cidade do Rio, o que já havia sido determinado em outra decisão, mas ainda não fui cumprido. A juíza determinou, ainda, que o Governo do Estado faça uma auditoria nessas unidades e nos institutos federais para que seja analisada a quantidade de leitos vazios e de respiradores disponíveis. Procurado pelo MEIA HORA, o Ministério da Saúde não se pronunciou. Já a direção do Hospital Federal de Bonsucesso informou que só irá se manifestar no processo judicial.