Mais de 100 mil casos

O Brasil quebrou ontem mais uma triste e simbólica marca no avanço da pandemia do novo coronavírus — o número de casos passou de 100 mil. Em apenas 24 horas, foram mais 4.588 registros da covid-19, elevando o total de infectados no país a 101.147. Foram confirmadas mais 275 mortes. Agora, são 7.025 óbitos. A taxa de letalidade da doença é de 6,9%.

São Paulo é o estado com maior número de casos e óbitos: 31.772 e 2.627, respectivamente. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 11.139 infectados e 1.019 mortes. A terceira posição é de Pernambuco, com 8.643 contaminados pela covid-19 e 652 mortos.

Ontem, ao participar de manifestação e voltar a criticar as medidas de isolamento social e defender o retorno ao trabalho, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, "infelizmente", muitos serão infectados pelo novo coronavírus e que muitos perderão a vida. "É uma realidade que temos que enfrentar".

Em Brasília, manifestantes em apoio ao presidente voltaram a furar o isolamento social e fizeram aglomerações pela Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. Ao cumprimentar apoiadores da rampa do Planalto, Bolsonaro reuniu centenas de pessoas em frente ao prédio.

O avanço da doença no Brasil é uma das preocupações da Organização Mundial de Saúde (OMS). O pais já ocupa o nono lugar em número de casos no planeta, 15 mil atrás da Turquia, mas é o sexto em óbitos, sendo superado somente por Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Espanha e França. De acordo com especialistas, com uma pequena quantidade de testes disponíveis para a população, a subnotificação de casos é evidente.