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Fernando Ferry é o novo secretário de Saúde do Estado do Rio

Novo titular da pasta será o atual diretor-geral do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Edmar Santos foi exonerado por falhas na gestão de infraestrutura dos hospitais de campanha para atender as vítimas da covid-19

Fernando Ferry se reuniu com Wilson Witzel neste domingo
Fernando Ferry se reuniu com Wilson Witzel neste domingo -
O Governo do Estado do RIo de Janeiro informa na noite deste domingo que o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, deixa o cargo nesta segunda-feira. Edmar foi exonerado pelo governador Wilson Witzel por falhas na gestão de infraestrutura dos hospitais de campanha para atender as vítimas da covid-19.
O novo titular da pasta será o atual diretor-geral do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, Fernando Ferry.
Clínico-geral e especialista em Aids, Fernando Ferry atuava como diretor-geral do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle e foi professor associado de Clínica Médica e Aids da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Ferry foi professor de Histologia e Embriologia na Universidade Gama Filho, na Universidade de Barra Mansa e na UFRJ. O novo secretário também é graduado em Medicina Veterinária e Técnica Agropecuária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ele é doutor e mestre em Parasitologia Veterinária também pela UFRRJ.
Segundo nota divulgada à imprensa, Santos seguirá auxiliando o Estado e vai dirigir uma "comissão de notáveis" no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que registra, até este domingo, 22.238 casos confirmados e 2.715 óbitos por coronavírus (covid-19) no estado. Há ainda 952 óbitos em investigação e 206 foram descartados. Até o momento, entre os casos confirmados, 17.557 pacientes se recuperaram da doença.
A exoneração ocorre 10 dias após a prisão de cinco integrantes da secretaria, acusados pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) de irregularidades na compra emergencial de respiradores. No dia 20 de abril, Gustavo Borges da Silva substituiu Gabriell Neves na subsecretaria de Saúde. No dia 7 de maio, os dois foram presos na operação do MPRJ, que apontou um esquema de fraude para desviar recursos da compra de equipamentos no combate ao coronavírus, como respiradores. O fato de ter substituído Neves por Gustavo Borges, outro acusado de irregularidade, aumentou o desgaste de Edmar Santos. Até a última sexta-feira, 44 dos 66 contratos emergenciais firmados pelo governo durante a pandemia foram cancelados por irregularidades.