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Cientistas batem o pé e se colocam contra a cloroquina

Protocolo do Ministério da Saúde não tem assinatura de especialista

Ainda não há evidências científicas que comprovem 100% a eficácia do uso da cloroquina no tratamento de coronavírus
Ainda não há evidências científicas que comprovem 100% a eficácia do uso da cloroquina no tratamento de coronavírus -

O Ministério da Saúde autorizou, em novo protocolo, o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves de Covid-19. Antes, a pasta restringia a administração do medicamento apenas para os casos graves. O documento, que espantou cientistas e infectologistas, não é assinado por nenhum especialista, nem mesmo pelo general Eduardo Pazuello, que ocupa interinamente o cargo de ministro da Saúde. A liberação do uso da medicação para combater a doença foi o estopim para as saídas dos dois últimos ministros, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

Segundo o documento do Ministério da Saúde, os pacientes que tiverem sintomas leves do vírus, por exemplo, devem tomar a cloroquina de 450 mg duas vezes ao dia. Um 'Termo de Ciência e Consentimento' deve ser assinado pelo doente, autorizando o tratamento.

De acordo com o secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Élcio Franco, houve a participação de vários técnicos da pasta no desenvolvimento do novo protocolo do uso da cloroquina. "Tem uma larga fonte de referência e um trabalho que foi acordado de maneira consensual por todas as secretarias", disse.