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Salários de servidores públicos do país vão ser congelados até o fim de 2021

Em reunião nesta manhã, Bolsonaro recebeu apoio da maioria dos governadores ao veto ao reajuste salarial de servidores; medida é contrapartida a ajuda financeira a estados e municípios durante a pandemia

O presidente da República, Jair Bolsonaro, comandou a reunião virtual que teve com governadores ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)
O presidente da República, Jair Bolsonaro, comandou a reunião virtual que teve com governadores ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) -
Como esperado, na reunião que teve na manhã desta quinta-feira com governadores, o presidente Jair Bolsonaro pediu o apoio ao veto à possibilidade de reajuste do funcionalismo até o fim de 2021. E teve o aval da maior parte deles. O governador do Estado do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), acompanhou as falas de Bolsonaro e disse que a maioria dos chefes dos governos estaduais aceita vetar aumento para servidores. Até porque, segundo Azambuja, não haverá recursos suficientes para reposições salariais. As informações são da coluna do Servidor, de Paloma Savedra. 
O congelamento salarial de servidores municipais, estaduais e federais é uma contrapartida colocada no projeto de socorro financeiro (de R$ 60 bilhões) aos estados, municípios e Distrito Federal, aprovado pelo Congresso, e que deve ser sancionado ainda hoje, segundo declarou Bolsonaro no encontro virtual. O Parlamento, porém, blindou dessa medida algumas categorias, como das áreas de Saúde, Assistência Social, Segurança Pública, entre outras. 
"Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60 bilhões, também extensivo a prefeitos", declarou o presidente na abertura da reunião. "O que se pede apoio aos senhores é a manutenção de um veto muito importante", disse.

De acordo com Bolsonaro, congelar reajustes na remuneração de todos os servidores públicos até o fim do próximo ano é "o remédio menos amargo" para o funcionalismo, "mas de extrema importância para todos os 210 milhões de brasileiros".
Tom ameno e cordialidade
Jair Bolsonaro comandou a reunião ao lado dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O encontro virtual teve um tom cordial e ameno entre o presidente da República e os governadores. 
A troca de declarações entre João Dória, governador de São Paulo, e Bolsonaro marcou uma trégua - ainda que momentânea - entre os dois e os demais chefes dos Executivos estaduais. 
'Maioria favorável' a veto
Ao dizer que a maioria dos estados é favorável ao veto do reajuste salarial do funcionalismo público até 2021, o governador do Mato Grosso do Sul também acrescentou que todos estão dando sua cota de sacrifício.
"Todos nós estamos dando uma cota de sacrifício, é um momento ímpar da história do nosso país. A maioria dos governadores entende a importância de vetar esse artigo (sobre reajuste de servidores)", declarou Azambuja. Ele reforçou ser "impossível" bancar o aumento para os servidores.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, comandou a reunião virtual que teve com governadores ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) Marcos Correa
Presidente Jair Bolsonaro ouviu do governador do Mato Grosso do sul, Reinaldo Azambuja, que maioria dos governadores apoia o veto à possibilidade de reajuste DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO