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Grampos da Lava Jata revelam fraudes e corrupção até na pandemia

Ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto foram presos no âmbito da 'Favorito' na manhã desta quinta

Por MH

Publicado em 15/05/2020 00:00:00 Atualizado em 15/05/2020 00:00:00
Mário Peixoto foi preso na Operação Favorito, em maio
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, ontem, mais uma etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro, desmascarando as faces de um sistema corrupto ligado à área da Saúde no estado, responsável por desviar R$ 3,9 milhões dos cofres públicos em compras superfaturadas. A Operação Favorita prendeu o ex-deputado estadual Paulo Melo, o empresário Mário Peixoto e outras três pessoas, todos acusados de desvio de verbas públicas, inclusive negócios recentes, que envolveriam hospitais de campanha para pacientes com covid-19.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>O governo de Wilson Witzel logo tratou de se manifestar a respeito da ação. Segundo nota do Estado, ainda ontem o governador pediu à Justiça Federal informações sobre os investigados para iniciar auditoria em todos os contratos firmados entre essas empresas e o governo.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>"Determinei à CGE e à PGE que façam uma auditoria minuciosa de todos os contratos que existem no governo com essas empresas. Se forem encontradas irregularidades, os contratos serão cancelados. Caso haja participação de funcionários e servidores do governo, os mesmos serão exonerados", afirma Witzel.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>A Operação Favorita é um desdobramento das operações Quinto de Ouro e Cadeia Velha, que investigam superfaturamentos em obras do governo do estado há mais de 10 anos. Seu nome é uma alusão ao tempo em que o empresário Mario Peixoto tem ligações com o poder público.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>Apontado como chefe operacional do esquema, Luiz Roberto Martins, atual presidente do Conselho de Administração da Organização Social Instituto Data Rio (IDR), era responsável por autorizar notas superfaturadas. Ele foi preso em Valença, no interior do Rio, onde estava com a família em quarentena. Com ele foram apreendidos cerca de R$ 1,5 milhão em dinheiro. Os outros presos foram Lisle Rachel de Monroe Carvalho, Carla dos Santos Braga, Leandro Braga de Souza e Luciano Leandro Demarchi.