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Flexibilização napandemia

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O prefeito Marcelo Crivella detalhou o plano de reabertura, ontem, em entrevista 
no Riocentro
O prefeito Marcelo Crivella detalhou o plano de reabertura, ontem, em entrevista no Riocentro -

Mesmo com os alertas de especialistas e até da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que o Brasil ainda não atingiu o pico da pandemia do novo coronavírus, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), anunciou ontem a flexibilização das medidas de isolamento adotadas para o combate à Covid-19. O plano de reabertura das atividades econômicas começa hoje e será dividido em seis fases. A previsão de duração de cada etapa é de 15 dias, no caso de a curva de contaminações e mortes pela doença se mantiver estável.

"O plano foi elaborado e será supervisionado por membros do conselho médico-científico da prefeitura, diariamente. Só foi possível colocar a ação em prática já, pois não temos mais filas para leitos de UTI municipais. A prefeitura está tranquila para adotar o plano, porque fizemos as medidas necessárias, aceleramos nosso processo. Além disso, o longo período do afastamento social traz efeitos colaterais, como aumento de óbitos com outras comorbidades", afirmou Crivella.

Para colocar em prática as ações de retomada da economia, o superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, Flávio Graça, afirmou que o plano será gradual e lento, mas com possibilidade de regressão, em caso de piora nos indicadores. "É um plano gradual e com segurança. Para isso, irá avaliar a capacidade dos leitos de UTI, tanto na rede SUS quanto na rede privada, e o índice do nível de transmissão do novo coronavírus.

 

Salões e academias

Na terceira fase, todos os comércios retornam às atividades. As praças de alimentação podem reabrir, porém deverão respeitar as regras de distanciamento entre as pessoas nos restaurantes: vedado o sistema de self-service, sem ultrapassar a regra de quatro metros quadrados por pessoa e distribuição de mesas com ocupação de apenas 50% dos assentos. Academias poderão reabrir com agendamento e os salões de beleza reabrem, com restrições.

Escolas para os pequenos

Na quarta fase de retomada das atividades econômicas no Rio, o limite da capacidade de estacionamento dos shoppings deve ser de no máximo dois terços. As escolas municipais e privadas podem retornar com as pré-escolas e turmas de primeiro e segundo ano. Pontos turísticos podem reabrir, com capacidade máxima de um terço do público, assim como as atividades culturais em espaços fechados.

Competições esportivas e espetáculos com público

Na quinta fase do plano da Prefeitura do Rio para a reabertura da economia da cidade, as competições esportivas podem ocorrer, agora com capacidade de dois terços no espaço reservado ao público. A mesma regra valerá também para as atividades culturais, com as autoridades sanitárias acompanhando a situação da pandemia de perto, podendo alterar os procedimentos ou até retroceder, caso haja necessidade. Tais mudanças levarão em conta sempre a capacidade dos leitos da rede municipal de saúde, destinados aos pacientes com a Covid-19, de acordo com o plano detalhado ontem pelo prefeito Marcelo Crivella.

Outros pontos contemplados são a reabertura do terceiro e quarto ano nas escolas, das praias e dos parques, sem aglomeração, e diminuição de restrições de capacidade em quase todos os setores (bares, restaurantes, mas sem self-service, estádios, cinemas, entre outros).

Aulas sem aglomeração

Na sexta fase, podem reabrir escolas e universidades integralmente, porém sem aglomeração. Segundo Crivella, caso tudo saia como o esperado, as aulas para uma parte dos estudantes deve voltar em julho. "Se os parâmetros forem seguidos, em agosto podemos voltar para uma vida normal, no caso um novo normal, já que será diferente do que estávamos acostumados. Para isso, devemos usar máscaras e evitar aglomerações", afirmou o prefeito.

Volta às aulas

Em meio às medidas de flexibilização anunciadas ontem, o prefeito Crivella anunciou a retomada das atividades em escolas e creches públicas e privadas. Segundo ele,"as aulas poderão começar em julho, se o plano todo der certo. Se os parâmetros forem seguidos, em agosto podemos voltar para uma vida normal, no caso um novo normal. Para isso, devemos usar máscaras e evitar aglomerações".
<pstyle:COORDENADA:ct\_COORDENADA\_BOX\_TEXTO>Assim como os demais serviços, a retomada do ano letivo deve acontecer em partes. Na terceira fase, prevista pelo prefeito para acontecer em julho, as creches municipais e privadas poderão reabrir para crianças a partir de 2 anos de idade, mediante a comprovação de que os pais estejam trabalhando. Escolas municipais e privadas também podem retomar as atividades para as turmas de 5º e 9º ano, mas sem aglomeração.
<pstyle:COORDENADA:ct\_COORDENADA\_BOX\_TEXTO>Durante a quarta fase, as escolas públicas e privadas poderão retomar com as turmas de primeiro e segundo ano e pré-escola. Já as turmas de terceiro e quarto ano devem ficar para a quinta fase. Na sexta e última etapa do planejamento, as escolas e universidades poderão funcionar integralmente, desde que não promovam aglomerações.
<pstyle:COORDENADA:ct\_COORDENADA\_BOX\_TEXTO>O coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), Gustavo Miranda, afirmou que continua prestigiando o conhecimento científico. "A prefeitura precisa provar com dados que é possível retomar as atividades nas escolas, principalmente as estaduais, que em sua maioria têm espaços muito fechados, que colocam todos em risco", alertou.
<pstyle:COORDENADA:ct\_COORDENADA\_BOX\_TEXTO>Para o deputado estadual Waldeck Carneiro, "a decisão do prefeito é arriscada. Só no Estado do Rio, que tem cerca de 16,5 milhões de habitantes, já temos mais mortes do que países como China, Rússia e Índia, que têm populações muito maiores".