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Pai de João Pedro questiona pontos da investigação e dá novas declarações

Segundo Neilton Mattos, testemunha ouvida no caso teria sido coagida a depor a favor dos três policiais envolvidos na morte do garoto de 14 anos

João Pedro Matos Pinto tinha 14 anos e foi morto após ser baleado, no município de São Gonçalo
João Pedro Matos Pinto tinha 14 anos e foi morto após ser baleado, no município de São Gonçalo -
Neilton Mattos, pai do garoto João Pedro, de 14 anos, que morreu baleado no Complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, deu novas declarações contra investigações realizadas pelas autoridades da Polícia Civil do estado, responsáveis pelo caso.
De acordo com o G1, Neilton afirmou, em entrevista ao RJ2, da TV Globo, que uma testemunha do acontecimento teria sido induzida a depor a favor dos policiais envolvidos naquela operação, dizendo que viu criminosos em fuga invadirem a casa onde estava João Pedro. "A testemunha foi coagida no dia por policiais da Core, entendeu? Levaram eles pra DH (Delegacia de Homicídios) e botaram o que quiseram colocar no depoimento, do jeito deles, né? O muro é bastante alto, sem chance de pular bandido ali", explicou.
O pai do menino morto também contestou o resultado de perícia da polícia, indicando que foram feitos disparos de dentro para fora da casa. "Tem um tiro lá no portão de dentro pra fora, simulando que alguém atirou em cima deles, ou seja, forjaram também. Vários erros, foi o jeitinho que deram lá pra justificar o erro que eles cometeram", acusou Neilton.
A Polícia Civil confirmou que abriu uma sindicância administrativa para investigar a conduta dos três policiais envolvidos no caso, que foram afastados das ruas e tiveram as armas apreendidas. A corporação também relembrou que a reprodução simulada do crime está marcada para a próxima terça-feira. A Defensoria Pública foi convidada a acompanhar a perícia.