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Covid-19: entidades escolhem projetos em favelas para receber verbas

Propostas de comunicação podem ser entregues até dia 13

Entidades escolhem projetos em favelas para receber verbas
Entidades escolhem projetos em favelas para receber verbas -
As organizações Desabafo Social e o Instituto Galo da Manhã receberão até o próximo sábado (13) propostas de comunicação de todos os cantos do Brasil, que tenham por objetivo informar populações periféricas sobre a pandemia de covid-19. De acordo com as regras estabelecidas para seleção, é necessário que as iniciativas já estejam em andamento para poder concorrer ao valor que será concedido a cada projeto, de até R$ 5 mil.

Há, ainda, outros critérios que devem ser seguidos, como utilizar o meio de comunicação para estimular as comunidades a ficarem em casa e respeitar as medidas de distanciamento social.

Para serem considerados elegíveis, os projetos também devem contribuir para disseminar mensagens sobre o risco de covid-19, fornecendo informações através de dicas práticas, como indicação de fontes de divulgação de vagas de emprego e de prevenção contra a transmissão da doença.

Os projetos podem, também, facilitar o diálogo em torno de fatores mais complexos da pandemia, como assuntos referentes às áreas de economia, direitos humanos e política.

Projetos escolhidos

Na primeira fase de seleção, foram escolhidos dez projetos, dos quais metade é do interior do país e metade de capitais.

São eles: Bike Sonora, de Sobral (CE); Zalika Produções, de Taboão da Serra (SP); Associação Quilombola de Volta Miúda, de Caravelas (BA); Coletivo Tururu, de Paulista (CE); Infiltrados no Cast; NordesteEuSou, de Salvador; CDD Acontece - Jornal Comunitário da Cidade de Deus, do Rio de Janeiro; Mulheres da Quebrada, de Belo Horizonte; Projeto Motivar, de Natal; e Telas em Movimento - Festival de Cinema das Periferias da Amazônia, de Belém.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as favelas concentram mais de 5 milhões de domicílios. Embora Belém seja a capital com a maior proporção de domicílios (55,5%) nessas comunidades, São Paulo e Rio de Janeiro respondem por quase um quinto dos lares com esse perfil.

Quando se observam os desdobramentos da pandemia nesses locais, nota-se que a crise sanitária tem acentuado desigualdades sociais que já a precediam. Conforme apurou a Agência Brasil, um levantamento da organização Viva Rio mostrou que 75,5% das pessoas com sintomas de covid-19 nas favelas não procuraram atendimento médico e que metade conhece alguém próximo que morreu da doença.

A pesquisa revela ainda que 10% das mortes ocorreram dentro de casa, sem que o paciente infectado contasse com assistência médica.

Com salários baixos, moradores de favelas também relatam ter dificuldades para manter uma reserva de dinheiro. Além disso, enfrentam outros obstáculos, como a falta de acesso a itens de higiene pessoal e de água potável.

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