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Professores organizam greves em cidades que planejam retorno das aulas presenciais

Com a flexibilização da quarentena no país, há pressão para reabertura de escolas; docentes exigem rigoroso protocolo de higiene

Crianças estão sem aula em todo o Brasil, em razão da pandemia de coronavírus
Crianças estão sem aula em todo o Brasil, em razão da pandemia de coronavírus -
São Paulo - Com a flexibilização da quarentena e a retomada de atividades em diversas regiões do País, governos planejam a volta das aulas presenciais, já que os pais não terão com quem deixar as crianças.

De frente a essa realidade, professores da rede pública anunciaram que farão greve em estados e municípios que decidirem reabrir as escolas sem um protocolo rigoroso de segurança contra o novo coronavírus (Sars-coV-2). Em ao menos duas cidades, Fortaleza e Búzios, paralisações já foram marcadas.

No caso de Búzios, no Rio de Janeiro, os docentes decidiram pela paralisação das atividades remotas por 72 horas depois de as equipes pedagógica e administrativa dos colégios ter sido convocada a ir às unidades para discutir o retorno.

Ainda sem uma definição de retorno das aulas presenciais, a APLB (sindicato dos professores da Bahia) também sinalizou que pode decidir por greve se os professores tiveram que voltar às escolas. “Muitas das nossas escolas não têm sabão para os alunos, têm um único banheiro. É preciso discutir essas questões básicas antes de pensarmos em qualquer retomada”, disse Rui Oliveira, coordenador do sindicato.

Atualmente o Brasil contabiliza mais de 742 mil casos ativos e 38 mil mortes devido à Covid-19. São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades mais afetadas pelo vírus.