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Sobrepreço de mihões na Saúde

Procuradoria do estado recomenda a suspensão dos pagamentos

Relatório aponta sobrepreço em 35 contratos firmados pela Secretaria Estadual de Saúde com cinco empresas
Relatório aponta sobrepreço em 35 contratos firmados pela Secretaria Estadual de Saúde com cinco empresas -

Após recentes casos de supostas compras superfaturadas de respiradores e soro fisiológico, além de fraudes em hospitais de campanha, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) elaborou um relatório em que aponta sobrepreço de mais R$ 64 milhões em contratos firmados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio (SES) para a compra de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais descartáveis, utilizados para o atendimento de pacientes infectados com o novo coronavírus, em um valor total de R$ 134 milhões. Segundo a PGE, o documento foi encaminhado à SES. 

A PGE recomenda a paralisação imediata dos pagamentos de 35 contratos firmados ainda na gestão do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos. Entre as empresas contratadas estão Avante Brasil, Sogamax, Speed Século XXI, Carioca Medicamentos e Material Médico e Lexmed Distribuidora. O órgão afirma que foram encontrados preços acima da média do valor praticado pelo mercado em todos os indicados, como luva, avental, máscara, seringa e em medicamentos como Amoxicilina. Do valor referente ao sobrepreço, mais de R$ 8,1 milhões foram pagos pelo Estado do Rio. 

Um dos produtos em que se pode observar o sobrepreço é o de óculos de proteção. A pasta aceitou pagar R$ 55 por unidade, em um total de R$ 16,5 milhões. Já na pesquisa da PGE, a diferença do preço seria de R$ 4,36, em um total de R$ 1,3 milhão. Ou da Claritromicina, que em pesquisa foi encontrada por R$ 81,84, mas o contrato com a SES foi de R$ 120 a unidade, com um sobrepreço de R$ 3,8 milhões.